Lula promove ato contra o governo Dilma (a revolta do criador contra a criatura)...

Publicado em 05/03/2015 08:25
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

A revolta do criador contra a criatura: Lula promove ato contra o governo Dilma

Estranhou o título? Pois é. Mas é verdadeiro da primeira à última palavra. Onde parece haver ironia, leitor, há apenas linguagem referencial. Luiz Inácio Lula da Silva, o Babalorixá de Banânia, se encontrou nesta quarta com promotores de um ato do dia 13 em, pasmem!, defesa da Petrobras. Entre os organizadores estão a CUT, o MST e a UNE. Todos de esquerda. Todos patriotas. Todos petistas. Emissários de Dilma já tinham pedido que a manifestação fosse adiada porque acham que ela serve como uma espécie de estímulo para o protesto do dia 15 contra o seu governo e em favor do impeachment.

Não deram a menor bola pra ela. E preferiram se encontrar com o chefão do PT. O manifesto de convocação ataca também medidas adotadas pelo governo. Lá está escrito: “As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora”.

Lula, o finório, avisou a seus companheiros que não poderá comparecer ao ato porque, ora vejam!, não pega bem ser a estrela de uma patuscada que ataca também medidas do governo. Ou por outra: em vez de este senhor chamar seus comandados e ordenar a suspensão da manifestação, como pediu a presidente, ele, na prática, a estimula.

Há muito tempo já escrevi aqui — e Dilma, consta, tem consciência disto — que Lula é hoje o principal elemento de desestabilização do governo.

Por Reinaldo Azevedo

 

O pavor do 13 de março

Jango na Central do Brasil: o medo do PT

Petistas têm alertado a direção nacional do partido sobre a infelicidade da coincidência histórica em torno do dia 13 de março, data marcada para a manifestação de militantes da legenda a favor do governo, a dois dias dos protestos de oposição no dia 15 de março.

Foi em 13 de março de 1964 que João Goulart fez o histórico comício na Central do Brasil, que acirrou a polarização entre esquerda e direita antes do golpe.

Mas pouco adianta a argumentação. Lula cismou que quer a manifestação nesta data, e tudo está mantido.

Por Lauro Jardim

 

Eis aí: Janot recomenda ao STF que Dilma também não seja investigada. A propósito: por que os heróis de Curitiba não se interessaram por Lula? 

Pronto! Rodrigo Janot, como sabem, recomendou ao Supremo Tribuna Federal que não abra inquérito para investigar o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB. E fez o mesmo com a presidente Dilma Rousseff (PT). Inventou-se uma narrativa em que, na história do petrolão, Aécio e Dilma são iguais: nada têm a ver com o peixe. Mas, por favor, não confundam Rodrigo Janot com um engavetador-geral. Eu preferiria, para ser justo, o epíteto de Absolvedor-Específico. Ou, quem sabe, de pizzaiolo-geral da República.

É bem verdade que, a qualquer momento, Janot pode encontrar motivos para, ao menos, pedir que se investigue a conduta da presidente da República. Mas vamos ser francos, não é, leitor? Nem eu nem você acreditamos que isso vá acontecer. Afinal, como você já leu neste blog, Janot é aquele que deu graças a Deus por “ter passado a régua e não ter encontrado nada contra Dilma e Lula”.

De resto, a delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-amigo de Lula e dono da construtora baiana UTC, não saiu. Parece que ele não aceitou aderir à narrativa criada para fazer a sua delação. Não gostou do roteirista. Assim, não lhe foi dada, até agora ao menos, a vantagem. E tudo indica que não saberemos detalhes de suas doações paralelas ao PT, especialmente à campanha de Dilma, conforme revelou a revista VEJA.

Nestes tempos em que houve um barateamento da figura do herói, também devo lembrar aqui o nome do Grande Ausente de Curitiba: Luiz Inácio Lula da Silva. Nem mesmo um convite para depoimento, nada! Mais uma vez, um escândalo de dimensões pantagruélicas é revelado — e, não duvidemos, parcialmente revelado — sem que o chefe inconteste do partido seja ao menos convidado para prestar esclarecimentos.

Devemos nos contentar com a fantasia de que os empreiteiros, todos corruptos ativos, meteram o pé na porta da Petrobras, ameaçando os diretores nomeados pelo PT: “Exigimos que vocês recebam a propina que nosso cartel quer lhes pagar”. Os corruptos passivos, então, distribuíram depois parte da dinheirama suja para alguns políticos e pronto. Não havia eixo, hierarquia, relações de subordinação, nada!

Espantosamente, nem José Sérgio Gabrielli, que presidiu a Petrobras no período em que a empresa foi à lona, mereceu papel de destaque. No roteiro que se escreve em Curitiba, ele não disputaria o Oscar nem de ator coadjuvante. Quando muito, seria um daqueles figurantes que ficam ao fundo, fora de foco.

Sim, eu senti antes o cheiro sofisticado que vinha do forno de doutor Janot. E também expressei meu descontentamento com o roteiro que se escrevia em Curitiba. Num canto, livrou-se a cara de Dilma; no outro, a de Lula.

Cqd. Como Queríamos Demonstrar.

Por Reinaldo Azevedo

 

Segundo procurador-geral, no petrolão, Aécio e Dilma são iguais. Ou ainda: EIS AÍ A PIZZA DO DOUTOR JANOT, CUJO MAU CHEIRO ANTECIPEI AQUI

Antes que vá ao ponto, reproduzido no título, um pouco de memória, sim.

Tomei aqui algumas porradas por ter antevisto a natureza do jogo. No domingo, dia 22, escrevi um post com este título:


E lá se lia:

No dia 26, dada a fúria dos tolos que disseram que nunca mais leriam o blog (um favor que me fariam se cumprissem a promessa), escrevi:

E no corpo do texto:

No dia 27, voltei à voltei à questão:

Por que lembrar?
Porque prefiro que os leitores deste blog tenham memória. Tenho compromisso com o que escrevi ontem. Para mim, é impossível afirmar hoje o contrário do que afirmei antes, sem oferecer, quando menos, uma explicação ao internauta. 

(por Reinaldo Azevedo)

 

Como este blog noticiou nesta madrugada: Aécio não está na “Lista de Janot”

Você leu aqui nesta madrugada o que segue. 

Agora leiam o que informa a VEJA.com:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de arquivamento de investigação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB. O nome de Aécio integra a lista de autoridades contra a qual o chefe do Ministério Público Federal diz não ter encontrado indícios suficientes de participação no escândalo do petrolão.

Durante acordos de delação premiada, o tucano foi citado de forma genérica e sem a apresentação de indícios mínimos, segundo avaliação de Janot. Em um dos casos, o doleiro Alberto Yousseff disse que uma construtora teria pressionado o tucano a conter os trabalhos da CPI da Petrobras instalada no Congresso no ano passado. Outra menção faz referência a um possível envolvimento de uma empresa estatal mineira, na época em que Aécio era governador, com a empresa de fachada MO Consultoria, vinculada a Youssef. Em ambos os casos, Janot considerou não haver indícios sequer para pedir o prosseguimento das investigações.

Na noite desta terça-feira, Rodrigo Janot encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 28 pedidos de investigação contra 54 pessoas, incluindo parlamentares suspeitos de terem recebido propina no escândalo do petrolão e autoridades sem direito a foro privilegiado. Houve sete pedidos de arquivamento, entre eles o do senador Aécio Neves. Os nomes dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão entre as autoridades alvos de pedidos de abertura inquérito pelo chefe do Ministério Público.

Apesar dos pedidos, a identidade da maior parte dos deputados e senadores apontados como beneficiários do petrolão ainda é mantida em sigilo. O relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki, pretende nos próximos dias dar ampla publicidade aos nomes das autoridades investigadas, determinando que fiquem em segredo apenas situações que possam atrapalhar o andamento das apurações – como quebras de sigilo, grampos telefônicos e buscas e apreensões.

Por Reinaldo Azevedo

 

Sinais da barbárie – Casas de câmbio negociam dólar-turismo a R$ 3,35; na cotação oficial, moeda rompe barreira dos R$ 3; depois, recua um pouco

Uma frase parece sintetizar o espírito do mercado: “Ninguém sabe onde vai parar, é uma barbárie”. O emblema desses dias é de autoria de Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez. Bruno Gonçalves, analista da WinTrade, se estende um pouco mais: “O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos deteriorados. Agora, há esse ‘a mais’, que é o cenário político conturbado, dificultando a implementação do ajuste fiscal”.

O “a mais” se refere à decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de devolver a MP da reoneração da folha de pagamentos. Ou por outra: nem tanto é a coisa em si, mas a bagunça para a qual ela aponta.

O dólar furou o marco simbólico dos R$ 3; recuou, depois, um pouco. Às 14h49, estava cotado a R$ 2,978 para compra e a R$ 2,979 para a venda. O dólar turismo, oficialmente, estava em R$ 2,90. Nas casas de câmbio, era negociado a R$ 3,35.

É a tal barbárie. Uma barbárie, antes de mais nada, política.

Por Reinaldo Azevedo

 

A área política do governo é fanaticamente incompetente

Que coisa! Eu nunca me espanto que um governo do qual sou crítico faça coisas com as quais não concordo e acho erradas. É o óbvio, certo?

O que me espanta, sim, é que o governo faça coisas que ele próprio deveria achar erradas se tivesse um mínimo de coerência interna. Então vamos ver.

Como é que a equipe econômica se reúne com a cúpula do PMDB num jantar no Jaburu e não trata da MP da reoneração da folha de pagamentos? Foram fazer lá o quê?

Como é que José Eduardo Cardozo se mete, com a sutileza, a graça e a ginga do dragão-de-komodo nos afazeres do procurador-geral e na operação Lava Jato como um todo, dando a entender que tem o controle do fato político?

Atenção! Segundo a lógica interna — a deles, não a minha —, petistas e peemedebistas, incluindo o governo, deveriam ser solidários uns aos outros, não?

Em vez disso, o que o Planalto conseguiu foi arranjar conflitos novos. É preciso ser fanaticamente incompetente para produzir esse resultado.

Por Reinaldo Azevedo

 

De volta à questão do sigilo dos inquéritos: considerações sobre os maus hábitos

O procurador-geral da República, abusando do que chamo “alegoria jurídica de mão”, vai pedir o afastamento do sigilo de todos os inquéritos. Ontem, na TV, eu via uma moça com ideias aparentemente muito severas, chamando o fim do sigilo de “questão de cidadania”. Sempre que percebo esses sinais de involução, tenho certos tremores civilizacionais. Um inquérito é ainda uma investigação. Caso se conclua que o sujeito é inocente — por mais que quase ninguém seja por aqui… —, sua vida já terá sido virada e cabeça para o ar. Há danos que podem ser irreparáveis.

Um ex-ministro do Supremo da maior decência, como Cezar Peluso — e também juiz rigoroso —,  pensava precisamente isso. Ao contrário: a civilização mesmo, a cidadania de verdade, está na preservação do sigilo. E não só em nome das garantias individuais. Também há a questão da eficiência da investigação. A publicidade pode atrapalhar a investigação.

Mas sei quando uma causa está vencida em favor da burrice, quando mais não seja porque há que considerar os hábitos e costumes da terra, não é? Vamos ao caso em questão: Janot pediu na abertura de 28 inquéritos, nos quais 54 pessoas devem ser investigadas. Logo, há aí inquéritos multitudinários, com várias pessoas. Se sigilosos, a eles só teriam acesso os advogados. Infelizmente, a regra, por aqui, já sabemos, é o vazamento. E vazamentos, como já prova a parte da Operação Lava Jato, que está na 13ª Vara Federal, são sempre seletivos.

Assim, dado o andar da carruagem, que se afaste o sigilo de tudo. Até porque, considerando que o procurador-geral decidiu, estranhamente, só pedir aberturas de inquérito, podemos saber as razões que motivaram um e que motivaram outro.

Diligência sigilosas
Atenção! O fato de afastar o sigilo de um inquérito não implica que não se possam fazer diligências sigilosas no curso da investigação. Nem tudo estará disponível para todos. Tome-se um exemplo: se a Justiça determinar, por exemplo, uma quebra de sigilo telefônico, isso deverá ser feito, obviamente, em segredo.

Por Reinaldo Azevedo

 

A elevação da Selic, a produção industrial e os marcianos

Então ficamos assim: por unanimidade, o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual: a Selic passou de 12,25% para 12,75%. Era a aposta praticamente unânime do mercado. Uma minoria antevia elevação de 0,25 ponto, em vez de 0,5. Por que é assim? O IPCA de 12 meses em janeiro chegou a 7,14%, acima do teto da meta, que é de 6,5%. E, como vimos aqui na segunda, o Boletim Focus aposta que 2014 termine com a inflação em 7,47%.

Então… A nova elevação da taxa de juros vem no dia em que ficamos sabendo que a produção industrial de janeiro cresceu 2% em relação a dezembro, num pequeno, e certamente breve, suspiro. Em relação a janeiro do ano passado, no entanto, a queda é de 5,2%; no acumulado de 12 meses, de 3,5%.

Os marcianos que visitam a Terra estão tentando entender o toque de Midas às avessas do governo Dilma. Vieram preparados para ver a queda dos juros, já que a economia está em recessão. Uma elevação da taxa só a aprofunda. É assim em Marte. Mas contaram para os homenzinhos verdes que a recessão brasileira convive com pressão inflacionária. Aí eles até entenderam a elevação da Selic. O que não conseguem entender é o governo Dilma.

Mas isso, convenham, não é exclusividade dos marcianos.

Por Reinaldo Azevedo

 

Sinais da barbárie – Casas de câmbio negociam dólar-turismo a R$ 3,35; na cotação oficial, moeda rompe barreira dos R$ 3; depois, recua um pouco

Uma frase parece sintetizar o espírito do mercado: “Ninguém sabe onde vai parar, é uma barbárie”. O emblema desses dias é de autoria de Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez. Bruno Gonçalves, analista da WinTrade, se estende um pouco mais: “O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos deteriorados. Agora, há esse ‘a mais’, que é o cenário político conturbado, dificultando a implementação do ajuste fiscal”.

O “a mais” se refere à decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de devolver a MP da reoneração da folha de pagamentos. Ou por outra: nem tanto é a coisa em si, mas a bagunça para a qual ela aponta.

O dólar furou o marco simbólico dos R$ 3; recuou, depois, um pouco. Às 14h49, estava cotado a R$ 2,978 para compra e a R$ 2,979 para a venda. O dólar turismo, oficialmente, estava em R$ 2,90. Nas casas de câmbio, era negociado a R$ 3,35.

É a tal barbárie. Uma barbárie, antes de mais nada, política.

Por Reinaldo Azevedo

O PT se afunda na lama da qual se alimentou, a presidente não sabe o que fazer, e tarefeiros como Adams tornam tudo pior

Às vezes, só às vezes, ter passado pelo trotskismo tem lá a sua vantagem. A gente aprende de cara, e logo na primeira linha de “O Programa de Transição”, a importância da “crise da direção”. Trotsky se referia à “crise de direção do proletariado”. Seu horizonte era a revolução socialista. O segundo parágrafo do texto já traz um apanhado formidável de bobagens. Há asnices como “as forças produtivas da humanidade deixaram de crescer”. Santo Deus! Mas não vou falar sobre isso, não. O que me interessa aqui é a crise de liderança.

Vamos lá. Como se já não tivesse produzido desastres o suficiente, Luís Inácio Adams, titular da Advocacia-Geral da União, concede uma entrevista ao “Broadcast Político”, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e defende que o governo faça acordos de leniência com as empreiteiras.

Afirma Adams: “Estamos falando em uma cadeia produtiva que envolve a construção civil, investidores, bancos, fornecedores, empresas de mão de obra, associadas com as 23 empresas investigadas. Estamos estimando algo em torno de 51 mil empresas nessa cadeia. Isso não para o País, mas pode gerar um potencial de trauma significativo”.

O que fala o advogado-geral faz sentido? Faz, sim! Também não procedem as suspeitas de que acordos de leniência poderiam interferir na seara penal. São domínios distintos. E é evidente que o Ministério Público exorbita de suas funções — basta buscar a lei (e eu só entendo saídas dentro do estado de direito) — quando tenta impedir legalmente os acordos de leniência.

Tudo isso faz sentido, reitero. Mas eis que vem a tal “crise de liderança”. Embora, funcionalmente, esse possa ser um assunto para o advogado-geral, o fato é que o ambiente se intoxicou demais. É Dilma Rousseff quem tem de admitir o tamanho da crise e de liderar esse processo.

Qual processo? O de acordos de leniência? Não! O de costura política que ele ensejaria. Parar de tudo, de fato, o país não para. Mas vai encolher ainda mais do que já estava destinado a fazê-lo. Antes dos efeitos das medidas recessivas, o mercado trabalhava com algo em torno de menos 0,5% de crescimento. Depois, só o capeta sabe.

É Dilma quem tem de ir à luta. Em vez disso, Luís Inácio Adams fica concedendo entrevistas, em tom sempre defensivo, tentando provar que não está apenas buscando livrar a cara das empreiteiras — como se, de fato, elas não representassem um setor importante da economia: nada menos do que aquele que responde pela infraestrutura, que é onde o país está mais capenga.

Pois é… Conhecem a historinha do pastor que vivia pregando peça nos seus pares gritando “olha o lobo!”, só para se divertir com a aflição dos outros? A cada crítica que recebiam ao longo de 12 anos, os petistas gritavam um “olha o lobo!” à sua maneira. Chamavam a sua militância para a briga, acusando os críticos de reacionários, privatistas, sabotadores etc. Era tudo mentira! Era só truque. Dilma Rousseff, por exemplo, como ministra da Casa Civil e presidente do Conselho da Petrobras, gritou “olha o lobo!” quando se quis fazer uma CPI em 2009 para investigar, entre outras denúncias, desvios na refinaria Abreu e Lima.

O pastor se dá mal. Um dia o bicho veio mesmo, ele gritou, mas ninguém acudiu. Assim está Adams. Assim está Dilma. “Olha o lobo!” Sim, desta feita, é verdade! O país está à beira do abismo. Mas ninguém acredita em Adams. Ninguém acredita em Dilma. A crise do Brasil é uma crise de direção. O PT se afunda na lama da qual se alimentou, e a presidente da República não sabe o que fazer. Tarefeiros como Adams tornam tudo pior.

O que dói mais no PT, e por isto a turma me odeia por lá, não é discordar de mim. É saber que estou certo.

Por Reinaldo Azevedo

 

 

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Fonte: Blog Reinaldo Azevedo, Veja.com

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