Ameaça de usar “exército de Stédile” mostra total desespero de Lula

Publicado em 26/02/2015 15:52
por Rodrigo Constantino, de veja.com

Ameaça de usar “exército de Stédile” mostra total desespero de Lula

Lula, diante de “intelectuais”, usa Stédile para fazer ameaças. Fonte: GLOBO

O ex-presidente Lula, que andava um tanto sumido, resolveu fazer ameaças “veladas” e incitar até mesmo o que poderia ser uma guerra civil no país. Em ato supostamente a favor da Petrobras, e na prática a favor da quadrilha instalada na estatal, Lula atacou a imprensa, repetiu que estão tentando “criminalizar” o PT, voltou a mencionar que a elite não suportaria a ascensão social dos mais pobres, e ainda citou o MST como braço armado pronto para enfrentar esses “inimigos”:

Nossa querida Dilma tem que levantar a cabeça e dizer: eu ganhei as eleições. E governar o país. Não pode ficar dando trela senão ficamos paralisados – disse Lula, queixando-se principalmente do que ele chamou de condenação antecipada da imprensa e da oposição. – Nós ganhamos a eleição e parecemos envergonhados. Eles perderam e andam por aí, pomposos.

Minutos depois de ouvir um apelo do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, para que Lula volte às ruas para liderar manifestações em defesa da Petrobras, o ex-presidente cobrou dos militantes do PT e dos sindicatos uma reação.

– Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso. Defender a Petrobras é defender a democracia e defender a democracia é defender a continuidade do desenvolvimento social nesse país – afirmou, aplaudido. – Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas.

Que exército é esse de Stédile? A que ponto chegamos? Um ex-presidente da República chama de exército um grupo de invasores criminosos liderados por um sujeito que, em qualquer país sério do mundo, estaria cumprindo pena atrás das grades por todos os seus crimes. O escárnio com as leis do país, vindo de um ex-presidente, é uma afronta ao estado de direito. Então quer dizer que Lula assume o que todos já sabiam, que o MST é uma espécie de exército paralelo? E fica por isso mesmo? Eis o vídeo:

Há anos que os críticos do MST apontam a localização estratégica dos “assentamentos” e a convocação de um “exército” de bandidos prontos a atuar em prol da “revolução marxista” dos piratas disfarçados de “movimento social”. Agora, aquilo que era sabido, mas falado por poucos, vem à tona dito de forma direta e escancarada pelo próprio líder do motim. Lula enxerga no MST um exército pronto para lutar por seus interesses, ou seja, pela perpetuação no poder ainda que de forma ilegítima e ilegal.

É o discurso de um trombadinha, de um delinquente, de um marginal. Mas de alguém bastante desesperado também. E essa tem sido a marca dos petistas. Estão com medo, com muito medo de perderem suas tetas estatais e de pararem na cadeia. Os “soldados” da CUT, outro exército informal do PT, também parecem prontos para lutar, não em defesa da Petrobras, pois isso exigiria cobrar mais investigações e tirar os bandidos da estatal, tudo o que querem evitar, mas sim pela manutenção da camarilha no poder.

Os “militantes” se transformam cada vez mais em milicianos, como na admirada Venezuela, que agora mata até adolescentes nos protestos contra o governo. Os encrenqueiros do PT e da CUT resolveram partir para a grosseria e a violência contra aqueles que gritavam “Fora Dilma” e pediam o impeachment da presidente. É a linguagem do PT, não de hoje, mas de sempre. O uso ou a ameaça do uso de violência para substituir a falta de argumentos.

“Militantes” do PT partem para a agressão física. Fonte: GLOBO

“A tentativa de intimidação é uma confissão de impotência intelectual”, disse Ayn Rand. O PT é impotente do ponto de vista intelectual. Restava-lhe o populismo e a demagogia, e agora que o custo de tanta incompetência, trapalhada e roubalheira está aparecendo, a reação do partido é o pânico que leva a tais ameaças.

Enquanto os petistas e os sindicalistas violentos faziam ato “em defesa da Petrobras”, a estatal sofria o rebaixamento da nota de investimento pela agência de risco Moody’s. Que irônico! A presidente Dilma, sem ter o que dizer, preferiu culpar o mensageiro e alegar que há desconhecimento por parte da agência. Sem dúvida. Se houvesse mais conhecimento, a empresa já teria sido rebaixada faz tempo! A Operação Lava-Jato tem trazido parte da sujeira à luz, mas ainda é pouco perto do que os petistas fizeram com a estatal, e ainda existem várias outras estatais por aí…

Os governistas estão perdendo as estribeiras. Estão acuados, e ratos acuados se tornam perigosos, violentos. Temem o império das leis, as investigações dos órgãos estatais, a insatisfação crescente da população, cansada do pior índice de inflação dos últimos 12 anos, da recessão, da bagunça nas contas públicas, do caos no transporte, na saúde, na educação. Os caminhoneiros resolveram parar várias cidades, reclamando do aumento do combustível e da queda no frete. O clima é de desencanto, que pode rapidamente levar ao desespero.

Cientes disso, os petistas sabem que não será possível contar com os truques do marqueteiro João Santana para sempre. O estelionato eleitoral está claro para todos. O discurso da presidente Dilma, de tentar culpar FHC pelo que se passa na Petrobras, pegou muito mal, e nem os “intelectuais” endossaram tamanha baboseira. O PT já ensaia até uma nova tentativa de reaproximação do PMDB, como medida preventiva.

Por qualquer ângulo que observamos, o que podemos notar é o desespero dos petistas. E não é para menos! Eles destruíram o Brasil nos últimos anos, e a conta apenas começou a chegar. A fala de Lula sobre o “exército de Stédile” talvez seja o mais claro sintoma desse medo. É um apelo baixo, uma jogada de quem se vê cada vez mais contra a parede. Mas o Brasil não vai temer esse “exército” de criminosos. O Brasil não é a Venezuela de Maduro, e isso aqui não é a casa da mãe Joana. Se o MST tomar as ruas, o legítimo Exército Nacional estará lá para impor a ordem e a lei. Disso não tenho dúvidas…

PS: O senador Ronaldo Caiado não deixou o ato de Lula passar em branco, e respondeu à altura, com a coragem que falta ao ex-presidente:

Rodrigo Constantino

Os “intelectuais” de esquerda e sua falta de vergonha na cara

Marilena Chaui, a “intelectual” que odeia a classe média e adora o PT corrupto

Duas características, ao menos, precisam estar presentes para se identificar um legítimo intelectual: o pensamento independente e o pensamento crítico. Ou seja, intelectual é aquele que ousa pensar por conta própria, sem seguir necessariamente o zeitgeist, remando muitas vezes contra a maré do momento; e o faz de forma crítica, i.e., contesta o status quo, está sempre buscando brechas ou falhas nas estruturas do pensamento dominante. Um intelectual subserviente ao governo é um oxímoro portanto, algo contraditório, que não faz sentido.

Por isso uso sempre o termo entre aspas para me referir aos “intelectuais” de esquerda, esses que adoram uma simbiose com o governo, em troca de benesses estatais, privilégios, poder. No Brasil, tais “intelectuais” ajudaram, e muito, a criar o mito do metalúrgico honesto que iria salvar a Pátria das garras das elites insensíveis e corruptas. O PT foi formado por “intelectuais”, por gente que não pensa de forma crítica e independente, mas sim mancomunada com a sede pelo poder.

E, uma vez lá, curvaram-se totalmente a ele, tornando-se nada mais do que propagandistas do regime, relações públicas do partido no poder. Abdicaram da verdadeira função intelectual, que é pensar o país, o futuro, e adotar tom crítico ao presente, apontando as falhas do país. Os exemplos são infindáveis e as figuras conhecidas, mas o mais evidente caso talvez seja a recente carta “em defesa da Petrobras”, ou seja, em defesa da quadrilha que assaltou a estatal do povo brasileiro. Foi o assunto do excelente texto de Demétrio Magnoli no GLOBO hoje:

Num lance vulgar de prestidigitação, o texto dos “intelectuais de esquerda”, assinado por figuras como Marilena Chaui, Celso Amorim, Emir Sader, Fabio Comparato, Leonardo Boff, Maria da Conceição Tavares e Samuel Pinheiro Guimarães, apresenta-se como uma defesa da Petrobras — mas, de fato, é outra coisa.

O ofício intelectual não combina bem com manifestos. Dos intelectuais, espera-se o pensamento criativo, a crítica do consenso, a dissonância — não o chavão, a palavra de ordem ou o grito coletivo. Por isso, eles deveriam produzir manifestos apenas em circunstâncias excepcionais. Os “intelectuais de esquerda”, porém, cultivam o estranho hábito de assinar manifestos. Vale tudo: crismar um crítico literário como inimigo da humanidade, condenar a palavra equivocada no editorial de um jornal, tomar o partido de algum ditador antiamericano, denunciar a opinião desviante de um parlamentar. O manifesto sobre a Petrobras é parte da série — mas, num sentido preciso, distingue-se negativamente dos demais.

[...]

A Petrobras não foi derrubada à lona pelo escândalo revelado por meio da Lava-Jato, que apenas acelerou o nocaute. Os golpes decisivos foram assestados ao longo de anos, pela política conduzida nos governos lulopetistas, sob os aplausos extasiados dos “intelectuais de esquerda”. 

[...]

Os “intelectuais de esquerda”, móveis e utensílios do Planalto, escreveram o manifesto para, preventivamente, atribuir a mudança de rumo aos “conspiradores da mídia”. Por meio dessa trapaça, conciliam a fidelidade ao “governo popular” com seus discursos ideológicos anacrônicos. Ficam com o pirulito e a roupa limpa.

[...]

Franklin Martins: o elo entre “intelectuais” e governo

Franklin Martins, o verdadeiro autor do manifesto, cometeu um erro tático ao colocar seu nome entre os signatários. Ao fazê-lo, o ex-ministro descerra o diáfano véu de independência que cobriria a nudez do texto. O manifesto não é a “voz da sociedade”, nem mesmo de uma parte dela, mas a Voz do Brasil. Nasceu no Instituto Lula, como elemento de uma operação de limitação dos efeitos da Lava-Jato. Enquanto os “intelectuais de esquerda” assinavam uma folha de papel, Lula reunia-se com representantes do cartel das empreiteiras e Dilma preparava o “acordo de leniência” destinado a restaurar os laços de solidariedade entre as empresas e os políticos.

A desgraça do Brasil é ser um país dominado por esses “intelectuais”. O fenômeno não é exclusividade nossa, mas aqui eles conseguiram conquistar espaço demasiado. Doutrinam milhões de mentes jovens por ano, ocupam colunas em jornais cujos donos, vistos por eles mesmos como ícones da “elite burguesa golpista”, cedem a corda que poderá enforcá-los, por covardia ou ignorância.

Esse talvez seja o grande paradoxo brasileiro, o sintoma que resume bem nosso quadro de doença mental coletiva que permitiu doze anos de PT no poder, apesar de tantas falcatruas, crimes e incompetência: nossos “intelectuais” são justamente aqueles que se recusam a pensar! Ou, quando o fazem, é deixando de lado a ética e a honestidade, agindo sem um pingo de vergonha na cara…

Rodrigo Constantino

Prosperidade ilusória: a emissão de crédito e moeda como causa da euforia insustentável

Luciano Coutinho: enquanto ele comandar o BNDES, sabemos que nada mudou de verdade no segundo governo Dilma

Sem compreender a origem do fenômeno inflacionário, sempre uma política deliberada do governo, o indivíduo não será capaz de entender exatamente como chegamos até aqui, nesse quadro caótico de estagflação. Já escrevi inúmeros textos com linguagem acessível, sem jargão de economia, para explicar como funciona o processo inflacionário criado pelo governo. O mais importante é o leitor captar que a emissão de crédito e moeda a uma taxa acima da de poupança tenderá a produzir apenas uma euforia temporária, o que os economistas chamam de “ilusão monetária”.

Pois bem: segundo os dados do Banco Central, compilados pelo professor Ricardo Bergamini, em 2002 o volume de operações de crédito era de R$ 378,0 bilhões (25,57% do PIB), sendo R$ 144,1 bilhões (9,75% do PIB) concedidos por bancos públicos (Caixa, BB, BNDES, etc).  A participação dos bancos oficiais públicos era de 38,13%. Em 2014, o volume de operações de crédito era de R$ 3.021,8 bilhões (58,87%), sendo R$ 1.619,7 bilhões (31,55% do PIB) concedidos por bancos públicos. A participação dos bancos oficiais públicos era de 53,60%.

O crescimento real do PIB no período de 2003 até 2014 foi de 38,70%. O volume de crédito cresceu em termos reais em relação ao PIB em 130,23%, para um crescimento do PIB de 38,70% no período. Esse desequilíbrio gera uma ilusão monetária de crescimento. O mais grave é que nesse crescimento de crédito houve um aumento monstruoso da participação do sistema bancário público, saindo de 38,13% em 2002 para 53,60% em 2014, ultrapassando o volume do setor privado. O que prova o avanço da estatização bancária no Brasil.

Esse é o cerne da questão, o grande responsável pela situação atual. E por isso é tão importante notar que a manutenção de Luciano Coutinho no BNDES e dos gestores alinhados ao modelo de Dilma na Caixa e no BB demonstra que colocar apenas Joaquim Levy não resolve absolutamente nada. Os bancos públicos são os maiores vilões quando o assunto é inflação, assim como o próprio governo com sua expansão descontrolada de gastos públicos.

Anos atrás, no auge da empolgação com o Brasil, escrevi para o Valor um texto argumentando que a euforia era insustentável e fruto justamente dessa ilusão monetária. Segue abaixo, pois se não aprendermos com os erros passados, estaremos fadados a repeti-los:

A prosperidade ilusória

A taxa “natural” de juros é aquela que predominaria num livre mercado de capitais, equilibrando a oferta de capital poupado e a demanda por investimentos. Para realizar novos investimentos produtivos, antes é necessário acumular capital, ou seja, fatores de produção. No entanto, muitos partem da premissa de que uma redução na taxa de juros será sempre desejável, ainda que obtida por meios artificiais. Fala-se em “escassez de dinheiro”, confundindo-se dinheiro com capital, como se mais dinheiro vindo do além pudesse gerar mais investimento produtivo de forma sustentável. Isso não passa de uma grande ilusão, como o economista Mises já havia demonstrado no começo do século XX.

Existem duas maneiras de se criar dinheiro artificial: impressão de papel moeda pelo governo; e emissão de crédito bancário sem lastro. Os bancos podem reduzir artificialmente as taxas de juros emitindo notas e cheques além da quantidade de depósitos à vista, possível graças às reservas fracionárias. Mises chamou essa emissão sem lastro de “circulation credit”, enquanto o crédito lastreado pela poupança era chamado de “commodity credit”. Somente o primeiro é inflacionário. O “dinheiro fácil” criado por este mecanismo pressiona as taxas de juros para baixo, criando a falsa sensação de prosperidade. Investimentos que antes não pareceriam rentáveis agora se tornam atraentes. Recursos são desviados para estes investimentos ruins, adicionando mais lenha na fogueira, sustentando assim o clima de euforia. Algumas escolas de pensamento chegaram a defender esta política como meio para tornar o crédito gratuito e resolver a “questão social”. A arte da alquimia teria sido descoberta. Mas a inflação não é uma política sustentável.

A inflação dura somente enquanto as pessoas acreditarem que ela será temporária. Assim que os agentes se convencerem de que a inflação não irá parar, eles fogem do uso desta moeda, correndo para “valores reais” como moedas estrangeiras, metais preciosos ou até escambo. Cedo ou tarde, portanto, a crise deve inevitavelmente estourar. Quanto mais tarde for este ajuste, mais doloroso ele será, pois maiores serão os estragos causados na fase de bonança artificial. A recessão substitui o boom anterior, e os negócios iludidos durante a era de crédito abundante acabam sendo liquidados. Os bancos se tornam mais cautelosos, e ficam tímidos na expansão de mais crédito circulante. A taxa de juros sobe novamente. Quando uma política inflacionista chega ao fim dessa maneira, é preciso tempo para ajustar os excessos. As pessoas se tornam descrentes e recusam novas rodadas de crédito fácil. Talvez uma nova geração tenha que surgir para que a memória coletiva seja totalmente apagada e uma nova onda de ilusão possa tomar conta do país.

Para Mises, a principal causa dessa ilusão coletiva é o fator ideológico. Tanto os políticos como os empresários encaram a redução da taxa de juros como uma meta essencial da política econômica. A expansão do crédito circulante é vista como o meio adequado para atingir esta meta. Enquanto as pessoas não entenderem que o único meio sustentável de redução da taxa de juros é o maior acúmulo de capital através da poupança, essas ondas de euforia seguida de pânico irão continuar. Os bancos devem atuar como intermediários entre poupadores e investidores, mas não devem ter o poder de criar crédito sem lastro. O conhecimento de que o governo estará disponível no caso de emergências cria um moral hazard, fazendo com que os bancos sejam ainda mais agressivos. Se a crise pudesse seguir seu curso livremente, para impor as duras penalidades aos que assumiram mais dívida do que podiam, todos seriam mais cuidadosos com o crédito no futuro. Mas a opinião pública aprova a assistência do governo durante as crises, o que apenas estimula o comportamento irresponsável.

As pessoas precisam aceitar a realidade. A taxa de juros não é algo que pode ser impunemente manipulada. Ela é um importante preço de mercado, que equilibra poupança e investimento. Enquanto as pessoas julgarem que uma maçã hoje vale mais do que uma daqui a um ano, haverá taxa de juros para equacionar as preferências intertemporais. Os investimentos produtivos dependem sempre de capital acumulado pela poupança. Acreditar que é possível ter e comer o bolo ao mesmo tempo, que podemos simplesmente forçar a taxa de juros para baixo, aumentando os investimentos sem a contrapartida de mais poupança real, não passa de uma perigosa ilusão.

Rodrigo Constantino

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Fonte: Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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