O fim do PT está próximo. Ou mais claramente: O PT está morto!, por Reinaldo Azevedo

Publicado em 06/02/2015 14:03
em veja.com

“Their way”. Ou: O fim do PT está próximo. Ou mais claramente: O PT está morto!

Não encontrei a explicação, mas deve ser boa, para Pedro Barusco chamar Renato Duque, o petista que comandava a diretoria de Serviços da Petrobras, de “My way”. Para refrescar a memória, como se preciso fosse: em depoimento prestado à Justiça Federal em novembro, Barusco afirmou que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, deve ter amealhado em propina algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões só na diretoria de Duque. O acusador, como sabemos, fez acordo de delação premiada e aceitou devolver US$ 97 milhões.

Pois é. Esse é o jeito deles: “their way”.  A música “My Way”, uma versão de Paul Anka, ganhou o mundo na voz daquele que era conhecido, metonimicamente, como “A Voz”: Frank Sinatra. A letra é eloquente e poderia servir como uma crônica do, como direi?, “jeito” petista de fazer as coisas.

Agora o fim está próximo,
e eu encaro a etapa final.
Meu amigo, eu vou falar com clareza,
vou expor meu caso. Tenho certeza
de que vivi plenamente.
Percorri cada uma e todas as estradas
e mais, muito mais:
eu fiz isso do meu jeito.

A música original é do francês (nascido no Egito) Claude François. Não tem aquele tom, digamos, existencialista da versão americana. Os franceses são mais dramáticos e desesperados tanto no amor como na revolução. Vejam aí.

Eu desperto e a procuro,
Mas você não acorda. Como de costume.
Eu estendo o lençol sobre o seu corpo. 
Temo que você esteja com frio. Como de costume.
Minhas mãos acariciam seu cabelo
sem que eu perceba. Como de costume.
Mas você me dá as costas.
Como de costume.

Pois é, meus caros. O fim do PT está próximo, como na versão celebrizada por Sinatra. O partido começa a se defrontar com a sua própria história. É claro que não estou aqui a anunciar a desaparição do Partido dos Trabalhadores. Eu anuncio aqui, isto sim, a morte daquele “ente de razão” que tentou se organizar como o imperativo categórico.

Eu anuncio aqui a morte daquela legenda que ambicionou dominar todo o espectro político, da extrema direita à extrema esquerda.

Eu anuncio aqui a morte daquele partido que sonhou substituir a sociedade por um aparelho burocrático.

Eu anuncio aqui a morte daquele partido que ousou imaginar uma reforma política que o eternizasse no poder.

Eu anuncio aqui a morte daquele partido que planejava o “controle da imprensa”.

Eu anuncio aqui a morte daquele partido que, enquanto acenava com a escatologia socialista, conspirou para manter o empresariado debaixo do seu cabresto.

Eu anuncio aqui a morte daquele partido que fez da trapaça, da mentira e do estelionato eleitoral categorias de pensamento.

Eu anuncio aqui a morte da sociedade sonhada pelos petralhas.

No fim de “Comme d’habitude”, o eu-lírico diz que, como de costume, ele se deitará na cama com a parceira e até farão amor. Mas será tudo fingimento — “como de costume”.

A era do fingimento acabou. O PT se organizou para golpear a democracia. Como de costume. E estamos cansados disso.

O nosso jeito é a democracia. E isso quer dizer que o PT não tem jeito. E chegou ao fim.

Texto publicado originalmente às 3h17

Por Reinaldo Azevedo

 

Coluna desta 6a.-feira na Folha, por REINALDO AZEVEDO

O chefe do galinheiro

As empreiteiras são, até aqui, as vilãs do petrolão. Mas é o Estado quem foi tomado de assalto

Uma espécie de jacobinismo sem utopia --formado de preconceitos contra o capital e sem nenhuma imaginação-- estava tomando conta do noticiário sobre a Operação Lava Jato. Alguém ainda acabaria sugerindo que se enforcasse o último defensor do Estado burguês com a tripa do último empreiteiro. A distorção era fruto da hegemonia cultural das esquerdas no geral e do petismo em particular, financiada, em parte, pelos... empreiteiros! A história não é plana.

Era assim até ontem --refiro-me ao tempo físico propriamente, não ao histórico. Nesta quinta, veio à luz parte do conteúdo do depoimento de Pedro Barusco à Justiça. Ele estima que, entre 2003 e 2013, João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina decorrente de contratos das empreiteiras com a Petrobras.

As empreiteiras são, até aqui, as vilãs do petrolão --e não sugiro que sejam transformadas nem em vítimas nem em heroínas. A questão é saber quem dispõe do aparato legal para regular, punir e reprimir. É o Estado. E esse Estado, fica cada vez mais evidente, foi tomado de assalto.

Permito-me uma citação em texto próprio. Na sexta passada, escrevi aqui: "É preciso distinguir a ilegalidade como desvio da norma --por obra de salafrários agindo sozinhos ou em bando-- daquela outra, sistêmica, que se revela como forma de conquista do Estado, com a constituição de um governo paralelo, gerenciado por um ente de razão degenerado."

No meu blog, enrosquei com a página do Ministério Público que está na internet. Segundo o que vai lá, as empreiteiras teriam se organizado num cartel para corromper servidores públicos. Depreende-se que a safadeza envolveu, sim, partidos, mas que as ações penais que correm na 13ª Vara da Justiça Federal apuram crimes que poderiam ter existido sem os políticos. É uma fantasia. Querem saber? Chamar a roubalheira institucionalizada, liderada por um partido, de "cartel" ou é erro de tipo criminal ou é licença poética.

Ao arrolar como testemunhas de defesa os petistaços Jaques Wagner, José de Filippi Júnior e Paulo Bernardo, o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, deve estar querendo algo mais do que anunciar que esses três indivíduos podem abonar a sua conduta.

Barusco --que aceitou devolver US$ 97 milhões aos cofres públicos-- afirma que Vaccari foi uma espécie de celebrante de um acordo entre a quadrilha que tomava conta da Petrobras e agentes de estaleiros nacionais e estrangeiros. Em pauta, 21 contratos, orçados em US$ 22 bilhões, para a construção de navios-sonda. Um por cento teria de ser convertido em propina: dois terços para o tesoureiro e um terço dividido entre Paulo Roberto Costa e agentes da Sete Brasil.

Dilma quer socorrer a Sete Brasil com quase R$ 9 bilhões de dinheiro público. Barusco foi diretor de operações da empresa entre 2011 e 2013. Nesta quarta, Rui Falcão, presidente do PT, veio a público para defender a política de "conteúdo nacional" da Petrobras, que deu origem à Sete Brasil.

Não se trata de saber se empreiteiros corrompem porque o PT se deixa corromper ou se o PT se deixa corromper porque empreiteiros corrompem. É besteira indagar quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. A resposta não está entre a ontologia e a zoologia. A questão que importa é saber quem mandava no galinheiro.

 

No dia dos US$ 200 milhões, eu me lembrei de que, segundo vice-presidente do PT, os verdadeiros inimigos do Brasil somos eu e mais oito

Caberá aos órgãos competentes verificar se o que diz Pedro Barusco é ou não verdade. Segundo ele, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, levou entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina, decorrentes de contratos de empreiteiras com a Petrobras entre 2003 e 2013. Ele próprio, Barusco (falarei mais dele), devolverá US$ 97 milhões aos cofres públicos. Que a Petrobras tenha sido tomada por uma quadrilha, bem, creio que já não haja dúvida a respeito. Agora que o PT começou a morrer — ou, segundo certo ponto de vista, já morreu — cumpre lembrar um fato notável de sua trajetória.

No dia 16 de junho do ano passado, durante a Copa do Mundo, Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, publicou no site da legenda um texto odiento, estimulando a caça às bruxas, e fez uma lista — sim, uma lista negra — de jornalistas e comunicadores que, segundo ele, faziam e fazem mal ao Brasil. Ele estava descontente com as críticas àquele projeto do PT que entregava parte da administração federal aos conselhos populares — que nada mais são do que esbirros do PT. Leiam o que escreveu:

“Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas.
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores  reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”

É verdade! Quem gosta de pobre é o PT. Basta ver o que a gestão do partido fez com a Petrobras, que é patrimônio do povo brasileiro. Nunca ocorreu aos “companheiros” que esses nove que eles escolheram para odiar defendem que pobres e ricos tenham aeroportos decentes. Segundo o jeito petista de fazer as coisas, a verdadeira igualdade consiste em oferecer aeroportos que não prestam para todos, sem distinção entre pobres e ricos.

Em junho do ano passado, o PT enfrentava algumas dificuldades, sim, e a popularidade de Dilma não andava lá essas coisas, mas a reeleição ainda era considerada, como se verificou, a hipótese mais plausível. E os companheiros já faziam seus planos para o quarto mandato, embora fosse evidente, havia pelo menos dois anos, que o país caminhava para a lona.

Nesta quinta, ao tomar conhecimento do depoimento de Pedro Barusco e ao ser informado de que agentes federais tiveram de pular o muro da casa de Vaccari para conduzi-lo para um depoimento, eu me lembrei da lista negra de Cantalice. Eu me lembrei de que, segundo o chefão petista, somos nós, aqueles nove, os verdadeiros inimigos do Brasil. Só para registro: no dia seguinte à publicação do texto deste senhor, as ameaças de agressão e morte que habitualmente chegam a este blog de multiplicaram.

E lembro: não houve uma só entidade ligada à imprensa ou à liberdade de expressão que tenha criticado o PT. O protesto partiu da França, da entidade “Repórteres Sem Fronteiras”. Se bem que houve, sim, um jornalista que se inflamou no Brasil: Janio de Freitas. Contra o PT? Não! Contra a “Repórteres Sem Fronteiras”. Endossou, assim, o comportamento fascistoide do petismo.

Entendo pessoas como Cantalice e seus petralhas. Imaginem como seria doce a vida dessa turma se toda a imprensa se comportasse como os patriotas dos blogs sujos, que trocam uma opinião por um anúncio estatal — inclusive da Petrobras. O chato para esse partido moribundo é que, a cada dia, fica mais claro onde estão os vilões. Em breve, a lista de Cantalice dos “inimigos do Brasil” incluirá mais ou menos 200 milhões de… brasileiros! 

Por Reinaldo Azevedo

 

 

A nota de humor do PT

Caso o PT tenha de ser extinto por força da lei, o partido já tem um caminho: criar uma agência de humor. A legenda divulgou uma nota oficial sobre a acusação feita por Pedro Barusco. Leiam. Volto em seguida.

“A assessoria de imprensa do PT reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral. As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de “delação premiada” e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT.

Assessoria de imprensa do PT”

Retomo
Os companheiros poderiam ter ao menos a delicadeza de dizer que o PT só passou a receber doações legais a partir de 2005, não é mesmo? Ou será que os patriotas se esqueceram de que Delúbio Soares tentou se livrar da Justiça criminal alegando que a dinheirama do mensalão era “só” caixa dois de campanha? 

Quanto à questão das provas, convenham, é preciso dizer: cada coisa tem a sua hora, não é mesmo? Até agora, ninguém teve acesso às provas. Que a roubalheira aconteceu, aconteceu. Que Renato My Way Duque era homem do PT, isso era. Que João Vaccari Neto transitava nos corredores da Petrobras, idem. Que a ladroagem atingiu proporções inéditas, quem duvida?

De resto, é isto mesmo: se o PT se sente agravado, tem mais de recorrer à Justiça.

Por Reinaldo Azevedo

 

Postagens sobre impeachment

Gandra vê elementos jurídicos para o impeachment

O parecer dado por Ives Gandra, no qual o jurista conclui que há elementos jurídicos para o impeachment de Dilma Rousseff, impactou o comportamento dos tuiteiros.

Em janeiro, 12 678 postagens no Twitter relacionavam Dilma ao impeachment, de acordo com um levantamento inédito da Bites Consultoria. Só nos primeiros cinco dias de fevereiro o número de tuítes sobre o tema saltou para 18 432, um aumento de 45%.

Por Lauro Jardim

 

O ‘climão’ e o cenário do impeachment

As revelações da Lava Jato e o parecer do jurista Ives Gandra — que afirma haver a possibilidade de impeachment por improbidade administrativa, senão decorrente de dolo, por culpa derivada de omissão, imperícia, negligência e imprudência — têm alimentado a discussão sobre este verdadeiro ‘cisne negro’ que ameaça o Governo Dilma II.

A questão é se o assunto vai ganhar as ruas, fermentado pelo azedume da economia.

Nem mesmo quando Fernando Collor de Mello viu sua presidência ruir — numa novela que, como a atual, tinha um capítulo cabeludo envolvendo um tesoureiro e a Petrobras — o País esteve num ‘climão’ político e econômico tão pesado quanto o de hoje. E olha que Collor perpetrara uma violência econômico-institucional sem precedentes (o congelamento das contas bancárias).

O climão de hoje está nas empresas, onde os donos do capital, depois de passarem 2014 imobilizados pela incerteza eleitoral, agora se confrontam com a herança maldita da recessão, cujo custo para o País talvez não caiba nem nas planilhas dos mais pessimistas.

O climão está na classe política, que ainda não sabe quem, entre os seus pares sem mandato, receberá a PF na porta de casa, às 6 da manhã.

O climão está até na esquerda — já que o pragmatismo-sem-limite petista detonou a convicção de muitos que acreditavam ‘na causa’.

E no movimento que deve se mostrar decisivo, este sim, para o futuro da Presidente, o climão pode acabar se instalando no setor mais importante da sociedade: aquela metade do eleitorado que deu o segundo mandato a Dilma Rousseff (e o quarto consecutivo ao PT), acreditando na versão de João Santana de que a economia vai bem, e que os tucanos é que são uns chatos.

As demissões já começaram, o comércio se arrasta no interior e nas capitais, e a inflação respira quente no cangote da classe C, cuja emergência ao mercado de consumo, apesar de um claro avanço de cidadania, foi feita em bases que agora se provam insustentáveis.

Nos próximos meses, o PIB em baixa e o dólar em alta farão o País empobrecer, e os mais pobres sofrerão mais.

A despeito de não haver ainda uma ‘smoking gun’ (uma prova direta contra a Presidente), o desenrolar da Lava Jato e o desemprego já encomendado — num cenário talvez agravado pela escassez de energia e água — podem criar o caldo de cultura propício para que, cada vez mais, se discuta a possibilidade de impeachment.

Ricardo Kotscho, um jornalista e homem de bem cuja biografia se confunde com a do PT, desabafou em seu blog ontem que, pelo andar da carruagem, a oposição nem precisa trabalhar pelo impeachment, porque o Governo se autodestruirá.

“Isolada, atônita, encurralada, sem rumo e sem base parlamentar sólida nem apoio social, contestada até dentro do seu próprio partido, como estará se sentindo neste momento a cidadã Dilma Rousseff, que faz apenas três meses foi reeleita presidente por mais quatro anos?” escreveu Kotscho, num artigo que começa dizendo: “o que já está ruim sempre pode piorar.”

Pode mesmo. O ‘climão’ é a tempestade perfeita.

Do lado fiscal, a cada dia aflora um novo esqueleto deixado no armário pelo voluntarismo inconsequente da equipe anterior. Mais impostos azedarão ainda mais o clima, ao mesmo tempo que evitá-los aumentará os custos da dívida.

Já a narrativa da Petrobras simplesmente não para em pé (nem seu balanço) e, apesar da mudança de gestão ora em curso, a empresa ainda corre o risco de ser declarada inadimplente, um vexame das proporções do pré-sal.

Além disso, as contínuas revelações da Lava Jato ainda podem parir o imponderável. Neste capítulo, a estimativa do ex-gerente da Petrobras de que o PT tenha recebido até US$ 200 milhões de propina ao longo de dez anos sobre os maiores contratos da Petrobras pode até gerar questionamentos sobre a validade da última eleição.

Por fim, a eleição de Frank Under.., perdão, Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, tornando-o o terceiro na linha de sucessão, é o componente que promete transformar os próximos meses no maior Game of Thrones da história recente. (Sim, é preciso citar duas séries dramáticas para descrever o caráter épico da lambança.)

O ar está irrespirável e as paixões, à flor da pele, mas o impeachment é uma construção política delicada, um origami da História, que só se viabiliza quando a instatisfação do andar de cima entra em sintonia com a frustração ou a revolta das ruas, de onde vem a legitimidade necessária para o processo. Não se faz um impeachment como se troca de camisa, assim como ‘não gostar’ de um governante está longe de ser motivo honesto ou legítimo.

Por outro lado, nas conversas sobre a possibilidade de impeachment, algumas pessoas argumentam que a legitimidade da Presidente, recém reeleita, pode ser um obstáculo. À luz da história recente, este parece um temor infundado. A eleição de Collor, o primeiro presidente civil depois de 20 anos de ditadura, foi no mínimo tão carregada de simbolismo quanto a eleição de Lula, e deu no que deu.

A outra questão é o temor de que o PT tache um pedido de impeachment de ‘golpe da oposição’. Qual a novidade nessa retórica? Há doze anos, o PT responde aos flagrantes (tanto os criminais quanto os de incompetência) com a mesma desculpa: “não fui eu, você é que está de má vontade.”

Ao eleger o PT — uma, duas, quatro vezes — o brasileiro quebrou tabus e votou, em grande parte, com o bolso. Na primeira vez, quis experimentar um ‘trabalhador’ no Poder. Na segunda, recompensou-o por ter mantido a economia em ordem (e pela sorte de ter sido eleito na véspera do maior boom de commodities da história). Na terceira vez, ficou com medo de mexer num time que parecia estar ganhando, e votou em Dilma. Na quarta, um grupo de estelionatários bateu-lhe a carteira e a esperança.

Ricardo Kotscho tem razão. Esse governo provavelmente vai morrer de morte morrida e não de morte matada, como se diz em Minas.

Por Geraldo Samor

 

Marco Antonio Villa no ‘Aqui entre Nós’ com Augusto Nunes: ‘Lula é um tigre de papel’

No programa da TVEJA, o historiador Marco Antonio Villa critica duramente o silêncio de Lula sobre o escândalo do Petrolão e acusa o ex-presidente de ter chefiado o que qualifica de maior e mais ousado esquema corrupto de todos os tempos. Entre outros assuntos, Villa analisa sem rodeios a fragilidade política e a incompetência administrativa de Dilma Rousseff, a intensificação da onda antipetista, as consequências da vitória do PMDB nas eleições na Câmara e o papel decisivo atribuído pelas circunstâncias históricas ao procurador-geral Rodrigo Janot. Segundo Villa, a República poderá enfim ser proclamada se Janot incluir na denúncia todos os envolvidos na trama planejada por marginais do poder.

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Fonte: Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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