Mistura de 14% de biodiesel no diesel começa a valer a partir desta sexta-feira (1º) no país
Começa a valer nesta sexta-feira (1º) o aumento do percentual da mistura de biodiesel no diesel vendido para o consumidor final no Brasil, de 12% para 14%. Em 2025, a expectativa é que a mistura chegue a 15%, atendendo uma demanda dos produtores de biocombustíveis.
A medida atende uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de dezembro do ano passado, que aprovou a antecipação do cronograma da mistura de biodiesel no país.
Em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a ação do CNPE e sua efetivação a partir de agora é importante para o processo de descarbonização de um dos setores mais essenciais para o Brasil: o transporte de cargas rodoviário.
"A ampliação da mistura foi definida na primeira reunião do CNPE, logo no início da gestão do presidente Lula. Com isso, fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel", detalhou Silveira.
O governo estima que o crescimento da demanda por biodiesel gere cerca de 14 mil empregos já em 2024 no país, além do ganho em segurança energética nacional ao evitar a importação de 2 bilhões de litros de diesel A. O setor calcula que o B14, a partir deste mês, demandará quase 9 bilhões de litros do biocombustível e, em 2025, com mistura de 15%, ultrapassará os 10 bilhões.
Estima-se ainda que essa medida possa reduzir os gastos com importação do derivado fóssil em R$ 7,2 bilhões, além de reduzir a capacidade ociosa das usinas instaladas. O aumento da demanda de matéria-prima, sobretudo da soja, será de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.