Brasil e Reino Unido investem R$ 19 mi em pesquisas sobre biocombustíveis
Num momento em que as atenções do mundo se voltam para a COP 22, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que começou nesta semana e vai até o dia 18 de novembro, em Marrakesh, Marrocos, Brasil e Reino Unido dão mostras de que o tema deve pautar o desenvolvimento tecnológico nos próximos anos, tanto na Europa quanto na América do Sul.
Instituições dos dois países – a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC), pelo lado britânico - irão investir R$ 19 milhões em dois projetos de pesquisa voltados à produção de biocombustíveis avançados, menos poluentes, obtidos a partir de matérias-primas não convencionais e produtos químicos de alto valor.
Um dos estudos, liderado pela pesquisadora Telma Teixeira Franco, da Unicamp, e pelo professor da Universidade de Bath, na Inglaterra, David Leak, é focado na celulose e na hemicelulose, que são as principais componentes das plantas e, naturalmente, estão presentes em resíduos agrícolas, como bagaço e palha de cana-de-açúcar, de sorgo, gramíneas e restos florestais, por exemplo. O objetivo é encontrar métodos mais eficientes – financeira e tecnologicamente – para extrair desses materiais a molécula responsável pela rigidez deles, chamada lignina, e assim otimizar a fermentação, que é como se obtém o bioetanol e outros biocombustíveis.
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