Há 140 anos que o algodão não estava tão caro

Publicado em 20/10/2010 15:43
Os preços do algodão nos mercados de futuros têm estado a subir fortemente. No acumulado do ano, registam já um aumento de 48,6%. A contribuir para a escalada estão os sinais de uma escassez da matéria-prima a nível global.

As vendas de algodão na Índia, que é a segunda maior produtora do mundo, estão em baixa desde o início da nova campanha agrícola que arrancou a 1 de Outubro, uma vez que a prolongada monção atrasou as colheitas.

Na semana passada, as cotações da matéria-prima atingiram um máximo histórico no mercado nova-iorquino. Com efeito, o algodão para entrega em Dezembro disparou na sexta-feira para 1,198 dólares por libra-peso, o valor mais alto desde que começou a ser transaccionado, há 140 anos. Na segunda-feira registou uma correcção, e ontem ganhou 3,2%, a negociar nos 1,1337 dólares.

A escassez desta "commodity" a nível global tem sido o principal propulsor da tendência altista. No final da semana passada, os inventários nos armazéns monitorizados pelo mercado de futuros norte-americano ICE situavam-se em 11.182 fardos contra o pico deste ano, atingido a 2 de Junho, de 1,081 milhões.

Cada fardo de algodão tem cerca de 500 libras-peso e pode produzir 1.217 T-shirts para homem ou 313.600 notas de 100 dólares, segundo o Conselho Nacional do Algodão dos EUA.
Fonte: Jornal de Negócios

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Safra de algodão já está 70% comercializada e o novo desafio será negociar a próxima temporada
Preço do algodão cai na sessão na ICE, mas deve ter primeiro ganho mensal em 6 meses
14º CBA discutirá tendências da economia mundial e da inteligência artificial na cultura da fibra
BASF lança soluções para cotonicultores no Congresso Brasileiro do Algodão
Algodão/Cepea: Pluma segue em queda no BR
Algodão deve consolidar safra 2023/24 em 3,54 mi ton, segundo StoneX