Certificação abre mercados para o algodão brasileiro
A qualidade do algodão brasileiro levou o País a ocupar a posição de destaque, de quarto maior produtor e segundo maior exportador do mundo. A meta é tornar o país o maior exportador mundial da fibra até 2030. Para garantir uma produção responsável no campo até chegar ao consumidor, produtores encontraram na certificação, uma forma de ampliar a participação no mercado. A produção certificada é de 84% da safra, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas -- ABNT é uma das certificadoras pioneiras do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e certificou na safra 21/22, fazendas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. “A certificação das fazendas produtoras de algodão, com base no Programa ABR é um passaporte para o mercado globalizado cada vez mais pressionado pelas exigências do consumidor consciente que pretende deixar um mundo melhor para as futuras gerações e que para isso busca além da qualidade e preço justo”, explica o presidente da ABNT, Mario William Esper.
A certificação voluntária permite, por meio da emissão do certificado oficial de conformidade, a agregação de valor ao produto brasileiro no mercado externo. Dentro do país, a certificação voluntária propicia ao setor produtivo ressaltar características de qualidade dos produtos, com mais informação ao consumidor.
A parceria com o setor teve início em 2007, quando o Instituto Algodão Social (IAS), criou o Selo "Algodão Socialmente Correto", em parceria com a ABNT, comprovando o respeito às normas trabalhistas e ambientais na produção da fibra em Mato Grosso. Em busca da certificação da qualidade social do algodão de Mato Grosso, celebrou-se em 2007 um contrato de parceria com a ABNT.
Desde então, a ABNT vem participando como Organismo de Certificação das fazendas produtoras de algodão. “A cada safra, evidenciamos o processo evolutivo das Unidades Produtoras, para atingir um patamar ideal de conformidade nos critérios, o que vem apresentando excelentes resultados não só em relação à segurança jurídica dos contratos de trabalho e melhoria das condições de segurança do trabalho e qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias, mas em especial agregando um atestado de boa origem socioambiental ao algodão”, reforça o presidente.
A ABNT como certificadora também participa como organismo de certificação das Unidade de Beneficiamento de Algodão - UBA’s, obedecendo aos critérios rígidos e comprováveis de sustentabilidade ambiental, social e econômica em seus processos produtivos”, explica Mario.
Para a obtenção do certificado ABR, cuja ABNT é uma das certificadoras são verificados em auditorias de campo os critérios internacionais relativos à conformidade social da produção: proibição de trabalho infantil e forçado ou análogo ao de escravo, proibição de trabalho indigno ou degradante, regularidade do contrato de trabalho, segurança do trabalho, proibição de discriminação de pessoas e liberdade sindical.