Abrapa compartilha experiência brasileira com países africanos
A experiência brasileira de desenvolvimento da cotonicultura a partir da utilização de alta tecnologia e da busca constante de melhoria da qualidade da fibra é um exemplo para os países africanos. O compartilhamento deste know how é um dos objetivos do seminário "Integração Africana para o Melhoramento Genético Sustentável do Algodão", promovido pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O evento online, iniciado nesta quarta-feira (26), reúne representantes da ABC, de instituições brasileiras do setor público e privado e dos 15 países parceiros da cooperação técnica do Brasil na África. A Abrapa participou da abertura do evento. Desde 2009, a entidade apóia a iniciativa de cooperação com o continente africano, levando sua experiência na promoção do associativismo e do cooperativismo, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor algodoeiro nos países do C4 - Benin, Burquina Faso, Chade e Mali.
"Entendemos que os pequenos e médios cotonicultores somente poderão ser competitivos se estiverem organizados em associações que os representem nos assuntos que demandam ação política junto aos poderes constituídos e, ao mesmo tempo, coordenando ações de promoção comercial e de difusão de novas tecnologias", afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na abertura do seminário.
Ele lembrou que a retomada do cultivo do algodão no Brasil ocorreu nos últimos 20 anos. Com o apoio da Embrapa e de empresas de pesquisa privadas, foi possível introduzir variedades transgênicas que possibilitaram resistência a pragas, maior produtividade por área e melhor qualidade de fibra. "Entendemos que dessa forma, nos preparamos para ocupar o posto de um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo e esperamos que a nossa colaboração no projeto de Cooperação possa servir de modelo a ser seguido pelos países que fazem parte da iniciativa", concluiu.
O Programa Brasileiro de Apoio ao Fortalecimento da Cotonicultura em países em desenvolvimento da África, coordenado pela ABC com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), é executado em parceria técnica com instituições nacionais públicas e privadas de excelência no setor do algodão.