Plantio de algodão no Tocantins está autorizado a partir deste sábado
Encerra neste, sábado, 20, o vazio sanitário para a cultura do algodão no Tocantins, com isso, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), comunica aos cotonicultores que está liberado o plantio da oleaginosa. O vazio sanitário do algodão durou 60 dias. A medida foi tomada para prevenir e controlar o bicudo do algodoeiro, a principal praga que ataca a cultura.
Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle do Bicudo do Algodoeiro, Dinorah Andrade, com a liberação do plantio, os cotonicultores devem realizar o cadastro obrigatório das propriedades produtoras de algodão junto ao escritório Adapec no município onde a lavoura está cultivada até 15 de janeiro de 2021, conforme estabelece a Instrução Normativa nº 05 de 1º de abril de 2019, que define normas e critérios para o plantio da oleaginosa no Estado.
De acordo com a Adapec, durante o vazio sanitário, foram monitoradas todas as áreas de plantio cadastradas junto ao órgão, e foram detectadas, a presença de plantas vivas no campo com risco fitossanitário, os produtores foram orientados sobre a legislação e as plantas destruídas.
“A cultura do algodão vem crescendo no Tocantins, e a partir deste sábado estamos autorizado o início do plantio da nova safra e esperamos ampliar a área cultivada no Estado, e consequentemente, a produção, gerando assim, mais emprego no campo e fortalecendo a nossa economia,” destacou o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.
Dados
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o Tocantins possui atualmente uma área estimada em 6.740 hectares distribuída entre os municípios de Campos Lindos, Dianópolis, Mateiros, Peixe e Tocantínia. A produção estimada na safra 2019/2020 é de 26.100 toneladas de algodão em caroço, contando com a participação de oito produtores de algodão, que se concentram, em sua maioria, na região sul do Estado.
Bicudo do Algodoeiro
Os adultos são besouros com coloração cinza ou castanha, com 3 mm a 7 mm de cumprimento. Infesta as lavouras de algodão desde o início da emissão de botões florais até a colheita, podendo ter de 4 a 6 gerações em um ciclo da cultura e se não controlado pode causar perdas de até 70% da produção.