Presidente da Abrapa discorda que agronegócio seja desconhecido e diz que pobreza não impede negócios no exterior
Diante do diagnóstico que o agronegócio brasileiro é desconhecido internacionalmente, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, destacou a liderança do Brasil em diversas culturas e garantiu que a sombra da pobreza, que paira sobre o país, não tem impedido avanços lá fora. A análise foi feita na tarde desta quarta-feira (30), no 11º Congresso do Algodão, em Maceió – AL, após declaração do especialista Marcos Jank, junto ao presidente da Monsanto, Rodrigo Santos.
Eles estiveram em um encontro realizado em São Paulo no dia 17 de agosto, onde, segundo publicação da Data Agro, apontaram que no exterior, quando se fala de agricultura nos trópicos, a associação direta é com baixa tecnologia, pobreza e fome. “O que sabemos, não reflete a realidade do agro brasileiro”. Ele destacou que nossa agricultura é de alta tecnologia, compete sem subsídios, tem arranjos contratuais eficientes e uma economia de escala forte. “O desconhecimento é impressionante”, ressaltou Santos, acrescentando que ainda nos comunicamos mal.
Ao Agro Olhar, o presidente da Abrpa explicou que o volume da produção nacional não permite que o Brasil seja ignorado. “Eu não ouvi essa declaração, mas vi comentários sobre. Se verdadeira, eu discordo. O Brasil é muito bem reconhecido no exterior, somos o primeiro lugar em milho, em algodão, em soja, café e uma série de produtos. Então é impossível sermos ignorados. É claro, também há uma visão de pobreza e desinformação, mas nosso agronegócio é conhecido. Diria que hoje somos conhecidos principalmente por três coisas: carnaval, futebol e agronegócio”, explicou.
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