Possível rebaixamento da Itália pesa sobre as bolsas
Operadores afirmam que o pessimismo em relação à Itália é um dos fatores que está derrubando os mercados de ações na Europa hoje. Um outro fator é a afirmação do ministro da Indústria italiano, Paolo Romani, que disse que o plano de austeridade do país é "duro o bastante". A declaração foi recebida com escárnio pelos mercados. Às 11h37 (de Brasília), a Bolsa de Milão recuava 4,68%. Paris cedia 4,51%, Londres recuava 3,32% e Frankfurt perdia 5,21%.
O Société Générale lembra que a Moody's colocou o rating Aa2 da Itália em revisão para possível rebaixamento em 17 de junho, a S&P alterou sua perspectiva para o rating A+ para negativa em 20 de maio e a Fitch mantém seu rating AA com perspectiva estável. "Assim, rebaixamentos por todas as três principais agências parecem prováveis, dados os recentes desdobramentos", comenta o banco.
Quem partilha dessa visão é o Rabobank. "Tomando como referencial as revisões das agências para os ratings de todos os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2000, a Itália tinha uma chance de 94% de ser rebaixada na última semana de agosto", afirmou o banco, acrescentando que os ratings "já parecem estar com os dias contados". As informações são da Dow Jones.