Parlamento da UE apoia proibição de transgênicos em países membros
A emenda aprovada defende a ideia de que os países podem proibir o cultivo invocando razões de cunho ambiental (local ou regional), como a resistência aos pesticidas, a preservação a biodiversidade ou a falta de informação sobre a utilização de transgênicos. De acordo com os legisladores, os países também podem basear suas decisões segundo critérios socioeconômicos. No entanto, a medida ainda terá de ser aprovada pelos membros do bloco. Países como Grécia, França, Áustria e Hungria se opõem ao cultivo de transgênicos e até a sua importação. Já o Reino Unido é favorável.
Contrários a utilização dos transgênicos encaram a votação como fator positivo. "Nós e uma crescente maioria do público continuamos preocupados com questões sem resposta sobre saúde e meio ambiente sobre safras OGM", afirma a Conselheira de Política Agrícola para a União Européia do Greenpeace, Stefanie Hundsdorfer. Já os grupos favoráveis argumentam que a política do bloco prejudica o comércio e aumenta os custos da indústria.
Histórico
Desde 2001, os Estados membros são autorizados a proibir o cultivo de OGM, exceto por motivos de saúde ou de preservação ambiental, que só poderiam ser avaliados e identificados pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar.
Atualmente, apenas o cultivo de um tipo de milho e de um tipo de batata transgênico é autorizado na UE. Neste ano, as regulações sobre importações de produtos transgênicos foram amenizadas, o que representou a entrada de traços em até 0,1% das rações importadas.