Fumicultores de SC preparam propostas de acordo com empresas fumageiras

Desde o início da comercialização da safra 2010/11 de fumo, a classe produtora se viu prejudicada com novas normas estipuladas pelas empresas fumageiras como uma classificação mais rigorosa do produto, o que causa a maior lentidão na comercialização. Movimentos isolados no extremo sul de Santa Catarina organizam piquetes em frente às indústrias, enquanto a Fetaesc (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC) prepara acordo entre os envolvidos.

Já hoje (22), uma reunião da comissão interestadual do fumo aconteceu para abrir porta em negociação. Em 31 de janeiro passado, um protocolo que prevê o reajuste de 10% em aumento no preço do tabaco a ser adquirido dos produtores da região sul do país foi assinado por sete empresas, entre elas, a Souza Cruz e a Philip Morris. Apenas as empresas Aliance One e a Universal Life Tabacos não aceitaram o protocolo.

Segundo o assessor de política agrícola da Fetaesc, Irineu Terezanski, ainda amanhã serão avaliados o processo de acordo discutidos no encontro desta terça-feira e repassados os próximos passos aos sindicatos rurais e produtores que tenham interesse na entrega direta às fumageiras.

As empresas se comprometeram a rever o processo de classificação do produto, bem como, cumprir o acordo protocolado sobre o reajuste dos preços pagos ao produtor no momento da entrega da produção, a fim de que fumicultores possam reaver seus compromissos e dar continuidade à produção desta cultura economicamente importante para toda região sul do Brasil.