Rizicultores preparam pauta de reivindicações para entregar ao Governo Federal
A pauta de reivindicações foi formulada e aprovada em assembléia realizada na ultima quarta-feira (09 de fevereiro) em Camaquâ no Rio Grande do Sul. A reunião contou com a presença de mais de 100 representantes de entidades e produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (do RS (FARSUL, FETAG e FEDARROZ ) de SC (FETAESC, FAESC, OSCESC (Cooperativas)e APRORSUL)).
Representantes e rizicultores de cada região arrozeira dos dois estados expuseram suas pautas de reivindicações que foram discutidas e colocadas em aprovação da grande assembléia. Em todas, os problemas são muito parecidos. Segundo os representantes faltam incentivos para manter o setor em operação atendendo o pleno direito de sobrevivência de quem produz arroz no Sul do Brasil. Se a atual situação permanecer por muito tempo poderá haver um colapso no setor produtivo do arroz, levando muitos proprietários a entregarem seus patrimônios (terras, maquinários, equipamentos, ....) aos bancos e financiadores para quitar dívidas contraídas nos últimos anos.
Uma comissão de negociação com representantes de todas as regiões produtoras de arroz nos dois estados foi formada para manter o processo de mobilização em funcionamento.
Rizicultor precisa de garantina de renda
O setor arrozeiro tem a consciência de que aumentar o preço não é solução definitiva, mas é a única saída em curto prazo, tendo em vista a aproximação da colheita da safra 2010/2011. Para a próxima safra será necessário elaborar e aplicar um plano onde o fator primordial será a garantia de renda ao produtor, onde mesmo vendendo o arroz a preço mínimo o rizicultor possa ter renda (lucro) garantida.
Paralisação do setor produtivo, industrial e comercial
Um dos assuntos discutidos durante a reunião foi à possibilidade de ações mais enérgicas caso não haja encaminhamento para solução dos problemas por parte do Governo Federal. Os rizicultores não descartam a possibilidade de realizar o fechamento de Rodovias (como a BR 101) barrando a entrada e saída de arroz (interno e externo) dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.