Soja encerra com quase 60 pontos de alta. Demanda deve se manter
Os números anunciaram significativos cortes nos estoques globais tanto de milho quanto de soja e também na produção nos Estados Unidos e na Argentina.
Os futuros do milho e da soja chegaram a trabalhar no limite de alta e alcançaram os maiores patamares em dois anos. A soja encerrou com quase 60 pontos de alta e o milho com quase 30.
>> USDA reduz produção e estoques de soja e milho nos EUA
Apesar do aumento dos preços dos alimentos, a demanda não sinaliza um recuo. As exportações continuam crescendo, lideradas pelo insaciável apetite chinês por commodities agrícolas - e mais o recorde na produção de etanol a base de milho nos Estados Unidos.
O boletim de janeiro é um dos mais quentes e esperados do ano. Neste ano, isso foi ainda mais expressivo já que os estoques estão em níveis historicamente baixos.
A severa estiagem e mais os incêndios na Rússia foi um choque do qual o mercado ainda não se recuperou. Na Argentina, as lavouras também sofrem com a seca e na Austrália com o excesso de chuvas.
"Os produtores precisam avaliar a possibilidade de plantar no seu jardim em 2011", disse Dan Basse, da AgResource.
Os futuros do milho e da soja chegaram a trabalhar no limite de alta e alcançaram os maiores patamares em dois anos. A soja encerrou com quase 60 pontos de alta e o milho com quase 30.
Na semana passada, a FAO - braço para a agricultura e alimentação da ONU - informou que, em dezembro, seu índice preços atingiu um nível recorde desde 1990.
"Essa é a confirmação oficial de que a procura não irá diminuir", disse Sla Gilbertie, do fundo Teucrium Corn Fund.