Chicago: orientação virá da macroeconomia e das decisões na China
As ações da China - tanto a cerca dos mercados de commodities quanto na economia de uma forma geral - e a preocupação com a situação econômica da Zona do Euro com a crise da dívida podendo chegar a países como Portugal e Espanha irão refletir nos preços e ditar o ritmo dos negócios na CBOT.
De acordo com o analista de mercado da XP Agro, Ricardo Lorenzet, "se a crise na Europa continuar se intensificando, podemos ter problemas mais sérios a frente, e isso pode manter o mercado bastante conturbado, trazendo suporte ao dólar".
Quanto a China, depois do anúncio de um leilão de 300 mil toneladas de soja na última sexta-feira, o mercado se mantém ainda mais focado nas próximas medidas que o país pode adotar para conter sua inflação e a desenfreada alta dos preços dos alimentos - e de que forma irão refletir nos mercados de commodities, principalmente,agrícolas.
Entretanto, Vinícius Ito, da Newedge Corretora, afirma que os chineses não têm estoques suficientes para atender sua demanda e por conta disso continuarão comprando.
A soja, apesar do expressivo recuo no pregão de sexta-feira (16,50 pontos no vencimento janeiro), acumulou um aumento de 3,1% na semana.
Trigo - Para o mercado do trigo a CBOT, o fator determinante será o clima. As condições climáticas não são favoráveis - nos EUA e na Europa o clima está seco e na Austrália chove um pouco além da conta - e as cotações deverão encontrar sustentação nessas informações. Além disso, a Rússia informou que poderá importar mais do cereal nos próximos meses, e isso também refelte positivamente nos preços.