Preços agropecuários paulistas têm elevação superior a 10%
Publicado em 12/03/2010 09:34
Produtos que registraram maiores altas foram laranja, tomate, feijão, ovos e banana O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de fevereiro com variação positiva de 10,26%. A informação consta de estudo assinado por Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez e Danton Leonel de Camargo Bini, pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Na comparação entre fevereiro de 2010 e fevereiro de 2009, ainda que os preços em geral tenham aumentado mais do que a inflação média, houve queda das cotações de produtos vegetais que formam a alimentação básica. O arroz registrou recuo de 11,5% e o feijão, expressiva diminuição de 36,%.
Em fevereiro, os produtos do IqPR que registraram as maiores altas, em comparação com o mês anterior, foram laranja para mesa (93,4%), tomate para mesa (75,6%), laranja para indústria (34,2%), feijão (17,5%), ovos (16,5%) e banana (10,3%).
As pressões para a elevação de preços, no caso da laranja de mesa, vieram da entrada do verão, que ampliou o consumo de sucos, e do fim da safra, que reduziu a oferta da fruta de forma significativa. O tomate para mesa também continua o movimento de alta, em razão das fortes chuvas, que impedem regularidade mínima da oferta do produto. No feijão, que reverteu tendência de queda, a estiagem por alguns dias melhorou a qualidade do produto, elevando as médias dos preços recebidos pelos produtores.
Quedas
Os produtos que apresentaram quedas de preços no período foram soja (12,3%), milho (8,3%) carne suína (5,4%), arroz (1,2%) e trigo (0,9%). No caso da soja, depois de anunciada safra recorde, as cotações do produto recuaram. Houve também o efeito das mudanças na economia da China, que prognosticam menores aquisições do produto por esse país asiático. Para o milho, a entrada da safra em uma situação na qual não foram retomadas as exportações brasileiras, na comparação com a realidade anterior à crise internacional, pressiona as cotações para baixo. Esse nível de preços coloca os produtores de milho em situação de dificuldade, pois estão muito abaixo dos custos médios de produção.
Fonte:
Governo do Estado de SP