Bolsas europeias sobem puxadas por commodities e dados da China

Publicado em 11/12/2009 10:07
Investidores empolgaram-se com o aumento de 19,2% na produção industrial em novembro e com a primeira elevação em 10 meses do índice de preços ao consumidor.

As ações movem-se confortavelmente no território positivo nesta manhã na Europa, onde investidores orientam-se pelo comportamento positivo na Ásia e nos Estados Unidos ontem, enquanto os dados positivos da China impulsionaram o dólar e o euro contra o iene, assim como os metais. Nesse sentido, as ações do setor de matérias primas estão entre os destaques de alta. Da vasta série de indicadores divulgados na China nesta sexta-feira, os investidores empolgaram-se com o aumento de 19,2% na produção industrial em novembro, em base anual, e com a primeira elevação em 10 meses do índice de preços ao consumidor, em 0,6%. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Mas, apesar dos ganhos, comentaristas do mercado continuam cautelosos em relação à sustentação dos ganhos até o final do ano. O economista do Altium Securities, Ian Williams, considerou positiva a recuperação do mercado após três dias de perdas nesta semana, mas afirmou: "movimentos de compra nas mínimas sugerem que ficar muito animado não é a melhor opção".

De fato, investidores recolhiam na Europa papéis que mais caíram nos setores bancário, financeiro e de matérias primas, sendo que este último era sustentado também pela pequena alta do ouro. Entretanto, analistas advertiram que se o dólar continuar subindo, os metais podem ceder. O setor de seguros também chama a atenção dos participantes europeus, diante de nota positiva sobre o setor do Deutsche Bank.

No mercado de moedas, os indicadores chineses proporcionaram apetite ao risco e a sensação de que a recuperação global está a caminho. Agora, os investidores se voltam aos números norte-americanos de vendas no varejo e de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Traders apontavam ainda para as declarações da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, de apoio à Grécia para ilustrar a retomada do apetite por risco entre os investidores de moedas. Merkel sinalizou ontem que outros países da zona do euro poderiam ajudar a Grécia, embora outras autoridades europeias tenham registrado posição contrária. Analistas, entretanto, questionam se uma ajuda da zona do euro à Atenas seria positiva, podendo criar um precedente para que outras nações ultrapassem os limites de déficit estabelecidos entre os países membros, prevendo que serão resgatados adiante.

Fonte: O Estado de SP

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