CNA recebe representantes do grupo Diplomatas da Agricultura do Brasil
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) recebeu, na sexta (6), representantes do grupo Diplomatas da Agricultura do Brasil (DAB) para a realização de um balanço das ações deste ano e perspectivas para o setor em 2025.
O encontro foi realizado na sede Confederação, em Brasília (DF), e contou com a participação de representantes de dez países, e das diretorias de Relações Internacionais e Técnica da CNA.
A reunião foi aberta pela assessora de Relações Internacionais da CNA, Elena Castellani, que destacou a importância do encontro, o segundo realizado no ano, para debate de assuntos relevantes nas relações com os países representados pelos diplomatas.
“Receber os diplomatas do grupo é sempre uma oportunidade valiosa para a CNA. Esses encontros permitem a troca de experiências e informações relevantes entre os países, além de serem uma ocasião estratégica para apresentar dados confiáveis e a perspectiva dos produtores rurais sobre temas prioritários para o agro brasileiro, como a lei de bioinsumos e o mercado regulado de carbono”, disse Elena.
O diplomata da Embaixada da Argentina, Cristián Rondán, e o representante da Embaixada da União Europeia, Vicent Damian Lluna Taberner, ressaltaram a relevância do encontro realizado pela CNA. Eles compõem a equipe da coordenação do Grupo DAB.
O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, falou sobre as conclusões do acordo entre Mercosul e União Europeia. “Depois de 25 anos de negociação, chegamos a um acordo firmado e tão aguardado pelo setor agropecuário brasileiro”.
Perspectivas e sustentabilidade – O encontro contou com palestras do diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, e do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias. Eles fizeram um balanço das ações neste ano e falaram das perspectivas para o próximo ano.
Silva apresentou um panorama da agropecuária neste ano. Segundo ele, o principal fator que diferenciou 2024 foi o clima. “O clima é sempre um fator, mas os extremos causam sempre efeitos que podem ser drásticos e que podem extrapolar os resultados econômicos, como quebra de safra, redução de produtividade e problemas pontuais sociais, como os enfrentados pelo Rio Grande do Sul, e de meio ambiente, como as queimadas, além da dificuldade que continuamos tendo com o Seguro Rural”, destacou.
Ananias fez uma análise do cenário atual do Brasil em relação ao setor agropecuário dentro das ações de mudanças climáticas como parte da solução desse enfrentamento global. Ele também traçou um panorama da agricultura no Acordo de Paris, do trabalho conjunto de Sharm al Sheikh e do mercado de carbono.
Ele fez, ainda, um balanço da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática e avaliou as perspectivas para a COP 30, que ocorrerá em 2025 na cidade de Belém (PA).
“Além da preocupação com a segurança alimentar, da segurança energética, o produtor rural está aberto e está disponível para mostrar e comprovar todas as tecnologias e a gente entende que cooperando é que a gente vai alcançar o objetivo da NDC de todos os países”, disse.