No centenário da soja, evolução das tecnologias nas sementes oferece maior segurança e produtividade
Neste início de dezembro, a Fenasoja é um dos evento que celebra o centenário do plantio da soja no Brasil, uma cultura que começou de forma modesta e hoje é um dos pilares do agronegócio nacional. Inicialmente cultivada para alimentação animal, sua produtividade cresceu gradualmente, impulsionada pela crescente demanda global por óleos e proteínas vegetais.
“A soja desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul, o primeiro estado brasileiro a receber os grãos da oleaginosa. A partir dessa história, a região tornou-se pioneira na instalação de indústrias de maquinários agrícolas e esmagadoras de soja no país, além de avanços em manejos mais eficientes e tecnologias de produção,” destaca Marcos Servat, vice-presidente da Fenasoja 2024.
Do Sul, a soja expandiu-se para o Centro-Oeste, um movimento que exigiu intensas pesquisas para viabilizar sua "tropicalização". “No Sul, a duração do dia varia ao longo do ano, enquanto na linha do Equador há maior estabilidade entre dia e noite. Como a soja é muito sensível à luz solar, foi necessário desenvolver variedades adaptadas a essas novas condições,” explica Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.
A expansão da soja para áreas tropicais enfrentou desafios como a necessidade de melhorar os solos do cerrado e combater pragas e doenças. Nesse contexto, avanços em genética e manejo foram indispensáveis para garantir a adaptabilidade da cultura aos novos territórios, aliando potencial produtivo. A Golden Harvest, marca de soja do grupo Syngenta que completou 2 anos no Brasil, investe no desenvolvimento de cultivares que entreguem produtividade e estabilidade produtiva, agregando resistência aos principais desafios não só da agricultura tropical, mas em toda região sojícola do Brasil. A empresa também oferece suporte técnico aos produtores com um time robusto presente no campo e integração com outras áreas do Grupo Syngenta como Seedcare, Cropwise, Crop Protection e Syngenta Biologicals, facilitando o acesso a ferramentas e tecnologias de ponta que auxiliam na evolução da rentabilidade do produtor e promovem práticas agrícolas mais sustentáveis.
“O centenário da soja no Brasil destaca a importância de entender como a cultura se adapta às diferentes regiões produtoras e nosso portfólio é desenvolvido para atender essas especificidades. Contamos com cultivares resistentes a nematóides no cerrado e outras adaptadas ao combate de Phytophthora no Sul. Essas soluções ajudam a enfrentar desafios críticos e permitem reduzir o uso de defensivos químicos, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade,” comenta Ulysses Bottino Jr., líder de marketing de campo da Golden Harvest.
Curiosidades sobre a soja: Além da produção de alimentos
A soja é amplamente utilizada na alimentação humana e animal devido ao seu alto teor de proteínas e propriedades funcionais. Na dieta humana, substitui a proteína animal em alimentos como leite de soja, tofu e farinha de soja, e está presente em produtos como carnes vegetais, bebidas e óleos. Na nutrição animal, é essencial para rações de aves, suínos e bovinos, transformando proteína vegetal em carne, leite e ovos.
Além da alimentação, a soja tem usos variados na indústria e na geração de energia. O óleo de soja é matéria-prima para produtos alimentícios, cosméticos, tintas e plásticos. Também produz biodiesel, que reduz emissões de gases do efeito estufa e é um dos “combustíveis do futuro”, projeto brasileiro que visa utilizar cada vez mais fontes renováveis.
A lecitina, gordura extraída do óleo, é usada como emulsificante em alimentos e cosméticos. Resíduos do cultivo, como farelo e bagaço, também são utilizados na produção de biogás, uma alternativa energética sustentável. Esses múltiplos usos fazem da soja uma cultura estratégica para diversas cadeias produtivas.
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