Para lideranças, Agro está “morno” mas com expectativas de crescimento para o próximo semestre, aponta pesquisa da Falconi

Publicado em 22/10/2024 18:45
Pesquisa “Termômetro Agro”, feita pela consultoria Falconi com lideranças do setor, aponta que 48% enxerga o mercado como morno, mas 37% seguem otimistas

A Falconi, maior consultoria brasileira de gestão, realizou o levantamento "Termômetro Agro"*, com o objetivo de avaliar o panorama e as expectativas do setor agropecuário brasileiro em 2024. Dentre os resultados, a pesquisa mostra que 48% dos entrevistados consideram o atual mercado do agronegócio "morno", uma desaceleração em relação a 2023. Apesar disso, 37% deles estão otimistas com a expectativa de crescimento para os próximos seis meses.

A pesquisa, que também olhou para particularidades e desafios do setor, identificou que os principais fatores que impactam a performance do agronegócio incluem as oscilações nos preços de commodities (23%), mudanças climáticas (16%) e políticas governamentais (15%). Além disso, esse mercado também enfrenta questões gerenciais, como a dificuldade de conectar o planejamento estratégico à execução prática (13%) e a definição de estratégias comerciais eficazes (13%).

Segundo Andre Paranhos, vice-presidente (VP) da unidade de negócios da Falconi que oferece soluções para a gestão do Agronegócio, o momento exige que as empresas revisem suas estratégias de gestão e se preparem para um futuro de maior aquecimento no setor.

"A maturidade de gestão nas empresas agro ainda é baixa, e investir em gestão estratégica pode gerar melhores resultados e maior resiliência frente a desafios climáticos e mercadológicos", analisa o executivo.

Prioridades de investimento

O levantamento também aponta que 19% das empresas veem a capacitação de pessoal como prioridade no curto prazo, seguidos por investimentos em tecnologia agrícola avançada (12%) e gestão financeira (12%). "A formação de talentos é crucial para garantir uma cultura de alto desempenho nas organizações", conclui Paranhos.

Além disso, a pesquisa revela que o agro brasileiro continua investindo em tecnologia. Entre as ferramentas mais utilizadas estão os sistemas de gestão agrícola (16%), inteligência artificial (14%) e sensores para captura e análise de dados (12%). Apesar disso, Paranhos alerta: “é fundamental avaliar se os investimentos em inovação estão trazendo os retornos esperados e se estão sendo gerenciados adequadamente”.

Os resultados do "Termômetro Agro" indicam que, apesar de um cenário de leve desaceleração, o setor segue com boas expectativas para o futuro próximo, focando em investimentos em gestão estratégica, tecnologia e capacitação. A pesquisa aponta para um agronegócio cada vez mais tecnológico, mas que precisa aprimorar sua maturidade em gestão para capturar todo o valor potencial dessas inovações.

*O “Termômetro Agro” contou com a participação de 129 lideranças, incluindo CEOs, proprietários e executivos de alta gestão de empresas da cadeia do agronegócio, sendo que 12% das empresas respondentes têm faturamento superior a R$ 5 bilhões anuais.

Fonte: Falconi

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