Hedgepoint avalia projeção de safras de soja, trigo e milho divulgados pela Conab

Publicado em 22/10/2024 12:03 e atualizado em 22/10/2024 13:18
Milho: a principal diferença entre as duas agências depende da área, já que o USDA espera um aumento na área de 3,7%. Soja: ambos os números são recordes para o Brasil. Trigo: número de produção não diminuiu, embora a área plantada tenha sido reduzida

Milho

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou os primeiros números referentes à safra 24/25. Do lado do milho, há algumas pequenas mudanças na comparação com a safra anterior. Estima-se que o número total de produção seja de cerca de 119,7 milhões de toneladas, o que representaria um acréscimo de 4 milhões de toneladas (YoY), com uma pequena redução de 0,1 M ha na área plantada e aumento na produtividade de 5,5 ton/ha para 5,7 ton/ha.

Comparando com os números do USDA, a agência norte-americana mantém desde maio um número de produção de 127 M ton para o Brasil, o que é 6% maior que os números da Conab. De acordo com a Hedgepoint, a principal diferença entre as duas agências depende da área, já que o USDA espera um aumento na área de 3,7%.

Soja

Para a soja, os primeiros números da CONAB da safra 24/25 mostram uma produção de 166,1 M t, explicada pelo aumento da área plantada em +1,3 M ha, para 47,3 M ha finais e produtividade de 3,51 t/ha, semelhante à safra 22/23 e próxima do recorde de 2016: 3,53 ton/ha em 20/21. Comparando esses números com os do USDA, o WASDE espera 169 M ton, apenas 3 M ton a mais. “Ambos os números são recordes para o Brasil e também temos que lembrar que este ano temos o efeito La Niña que historicamente ajuda a produção de soja”, avalia Ignacio Espínola, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.

Trigo

No lado do trigo (estamos no segundo mês do relatório), a agência reduziu o número de produção de 8,8 M ton para 8,3 M ton. O número da área plantada foi reduzido de 3,5 M ha para 3,1 M ha, mas o número de rendimento aumentou de 2,33 ton/ha para 2,69 ton/ha, “o que explica porque o número de produção não diminuiu, embora a área plantada tenha sido reduzida”, segundo o analista.

Um dos mais importantes produtores da commoditie, o Paraná, reduziu sua produção de 3,1 milhões toneladas em 2,5 milhões de toneladas mês após mês.

Fonte: Hedgepoint Global Markets

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