Ações fecham em baixa na Europa devido a crescentes temores de ataque do Irã contra Israel
Por Shashwat Chauhan e Pranav Kashyap
(Reuters) - As ações europeias reverteram ganhos iniciais e fecharam em baixa nesta terça-feira, com investidores deixando para trás ativos mais arriscados em meio à escalada de temores geopolíticos de que o Irã esteja planejando um ataque a Israel.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,38%, a 520,88 pontos, revertendo o curso depois de subir até 0,5% durante o dia.
Um indicador da volatilidade do STOXX atingiu um pico em mais de três semanas. A maioria dos setores do STOXX caiu, com os bancos da zona do euro liderando as perdas, com queda de 2,8%.
Os setores de bens pessoais e domésticos e varejo foram os que mais recuaram, com queda de 1,7% e 1,3%, respectivamente.
Os Estados Unidos têm indicações de que o Irã está se preparava para lançar um ataque com mísseis balísticos contra Israel, disseram autoridades dos EUA.
"É um movimento clássico de redução de risco... no entanto, é improvável que dure, porque quando eles (o Irã) atacaram no passado, o resultado foi rapidamente frustrado", disse Giles Coghlan, diretor administrativo da GCFX.
"Eu esperaria que essa queda fosse comprada muito rapidamente em ações", acrescentou Coghlan.
Contrariando a tendência, as ações de peso pesado do setor de energia saltaram 1,3%, acompanhando um avanço de mais de 3% nos preços do petróleo bruto. [O/R]
O setor imobiliário, que é mais sensível aos juros, terminou em alta de 1,1%, enquanto o de serviços públicos, frequentemente negociado como um substituto de títulos, ganhou 0,4%.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,48%, a 8.276,65 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,58%, a 19.213,14 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,81%, a 7.574,07 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,04%, a 33.771,08 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,72%, a 11.673,50 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,80%, a 6.738,27 pontos.
((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB FDC