Cessar-fogo entre Israel e Hamas está próximo do objetivo, diz Blinken
Por Daphne Psaledakis e Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira que um cessar-fogo há muito buscado entre Israel e o grupo militante palestino Hamas está à vista, afirmando que os negociadores estavam caminhando em direção ao objetivo.
Os Estados Unidos têm trabalhado com o Catar e o Egito para tentar organizar um cessar-fogo no conflito de Gaza, a fim de libertar os reféns mantidos desde 7 de outubro e levar mais ajuda humanitária ao enclave.
Blinken disse ao Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado, que o Hamas e Israel concordaram com a estrutura de cessar-fogo delineada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio, depois de muita pressão e diplomacia, mas disse que algumas questões precisam ser resolvidas.
"Acredito que estamos dentro da linha de 10 jardas e caminhando em direção à linha do gol para chegar a um acordo que produza um cessar-fogo, leve os reféns para casa e nos coloque em um caminho melhor para tentar construir uma paz e estabilidade duradouras", disse Blinken.
"Ainda há algumas questões que precisam ser resolvidas, que precisam ser negociadas. Estamos fazendo exatamente isso."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve viajar para Washington na próxima semana e discursar em uma sessão conjunta do Congresso dos EUA em 24 de julho. Biden espera encontrá-lo, dependendo da recuperação do presidente da Covid-19, disse a Casa Branca na quinta-feira.
Blinken, perguntado sobre a visita de Netanyahu, disse que Washington quer levar o acordo de cessar-fogo até a linha de chegada. Ele acrescentou que é fundamental que haja um plano claro para o que virá a seguir e que as discussões com Netanyahu provavelmente girariam em torno disso.
Israel prometeu erradicar o Hamas depois que combatentes do grupo mataram 1.200 pessoas e fizeram mais de 250 reféns em um ataque em 7 de outubro, de acordo com os registros israelenses. Pelo menos 38.848 palestinos foram mortos na ofensiva de Israel desde então, segundo as autoridades de saúde de Gaza.