Famato expressa preocupações com impactos da Moratória durante a Abertura Nacional da Colheita de Milho 2ª Safra

Publicado em 21/06/2024 13:10 e atualizado em 21/06/2024 14:17

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) marcaram presença na Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra, nesta sexta-feira (21/06) na Fazenda Dalla Libera, localizada na Rodovia MT 235, no município de Nova Mutum.

O evento é uma realização do Canal Rural Mato Grosso e da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e conta com o patrocínio do Senar-MT. A iniciativa reuniu figuras importantes do setor agropecuário, presidentes de sindicatos rurais, representantes de entidades do agronegócio, alunos da Escola Agrícola Ranção, pesquisadores, lideranças políticas estaduais e federais, além de produtores rurais de diversas regiões do estado.

Durante o evento, o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, participou do painel sobre “Moratória e seu Impacto no Milho e Soja”. Em seu discurso, Tomain ressaltou a crescente preocupação do setor agropecuário com a imagem negativa que tem sido atribuída às produções rurais, apesar do cumprimento rigoroso das legislações ambientais.

“Sabemos que respeitamos todas as legislações ambientais impostas a nós, que são as mais restritivas do mundo, e mesmo assim estamos sendo postulados como os vilões do nosso estado e do Brasil”, afirmou Tomain.

A moratória gerou um intenso debate sobre seus impactos econômicos e sociais. Segundo Tomain, uma implementação dessa política pode trazer graves consequências para a economia de Mato Grosso, um estado cuja economia está fortemente alicerçada no agronegócio. Ele enfatizou que uma moratória poderia frear o crescimento do estado, especialmente em regiões ainda a serem exploradas dentro dos limites garantidos pela lei.

O vice-presidente da Famato e presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ison Redivo, corroborou as preocupações de Tomain. Redivo destacou que uma moratória poderia paralisar o potencial de crescimento de Mato Grosso, especialmente nas regiões norte, onde há um grande potencial de expansão agrícola. “A imposição dessa moratória pode paralisar o potencial de crescimento do estado, especialmente nas regiões norte, onde há áreas ainda a serem exploradas dentro dos limites legais estabelecidos”, alertou Redivo.

A participação do Sistema Famato na Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra reforça a importância do evento para o setor agropecuário e a necessidade de um debate contínuo sobre políticas que impactam diretamente os produtores rurais e a economia do estado. Ao destacar os desafios impostos pela moratória, a Famato busca promover uma discussão equilibrada que leve em consideração tanto a preservação ambiental quanto o desenvolvimento econômico sustentável de Mato Grosso.

O superintendente do Senar-MT, José Luiz Fidelis, destacou a importância do evento para a aprendizagem rural. “O Senar-MT tem compromisso com o desenvolvimento do agronegócio e com a capacitação dos trabalhadores rurais. Nosso objetivo é fornecer conhecimento, tecnologia e inovação para que o campo se torne cada vez mais produtivo e sustentável. Acreditamos que a educação e a formação são os pilares para o progresso e a competitividade do setor. E esse evento é uma ferramenta importante para a troca de experiências, a disseminação de boas práticas agrícolas e o fortalecimento das relações entre produtores, técnicos e empresários do agronegócio”, disse Fidelis.

A programação do evento incluiu ainda uma discussão sobre sustentabilidade, troca de experiências entre agricultores e painéis técnicos que abordaram as melhores práticas agrícolas e inovações tecnológicas. Este ambiente proporcionou um espaço para os produtores rurais expressarem suas preocupações, aprenderem novas técnicas e fortalecerem suas redes de contato.

O diretor Administrativo e Financeiro da Famato, Robson Marques, enfatizou a importância de eventos como este para a atualização e tecnologia dos produtores rurais, além de fortalecerem o compromisso das instituições com a defesa dos interesses do agronegócio mato-grossense.

Fonte: Famato

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