Capacidade de armazenagem agrícola cresce 4,7% e chega a 210,9 milhões de toneladas no 2° semestre de 2023

Publicado em 13/06/2024 15:47

No segundo semestre de 2023, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 210,9 milhões de toneladas, 4,7% superior ao primeiro semestre de 2023. O número de estabelecimentos subiu em 4,8%, sendo registrados 418 novos estabelecimentos de armazenagem, atingindo um total de 9.102 estabelecimentos.

O estoque de produtos agrícolas totalizou 44,6 milhões de toneladas, uma alta de 13,2% frente as 39,4 milhões de toneladas de 31 de dezembro 2022.

No segundo semestre de 2023, todas as regiões tiveram aumento no número de estabelecimentos: Norte (3,1%), Nordeste (2,3%), Sudeste (1,4%), Sul (5,1%) e Centro-Oeste (6,7%). O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.387), seguido por Mato Grosso (1.621), que possui a maior capacidade de armazenagem do país (55,5 milhões de toneladas), e Paraná (1.369 estabelecimentos). Os três estados somados são responsáveis por 60% da capacidade total do Brasil.

Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, em 31/12/2023, os estoques de milho representaram o maior volume (21,0 milhões de toneladas), um aumento de 15,8% em relação à 31/12/2022. Esse volume de milho representa 47,1% dos produtos levantados pela Pesquisa. Em seguida vêm os estoques de soja (11,3 milhões), que cresceram 39,6%, correspondendo a 25,4% do estoque total. Já o trigo, com estoque de 6,4 milhões de toneladas (14,4% do total), teve uma queda de 13,3% em seu estoque.

Capacidade dos silos atinge alta de 4,6%

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 110,0 milhões de toneladas no segundo semestre de 2023, o que representou 52,2% da capacidade útil total. Os silos predominam na Região Sul, sendo responsáveis por 64,6% da capacidade armazenadora regional e 46,2% da capacidade total de silos do país. Em relação ao primeiro semestre de 2023, os silos apresentaram um acréscimo de 4,6% na capacidade.

Em sequência, os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 77,8 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 6,3% superior à capacidade do período anterior, e aparecem com maior intensidade no Centro-Oeste, com 51,6% da capacidade da Região e 58,4% da capacidade total. Este tipo de armazenagem é responsável por 36,9% da armazenagem nacional.

Em relação aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 23,1 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 0,2% em relação ao primeiro semestre de 2023. Esses armazéns são predominantes na Região Sul (33,8%), seguido pela Região Sudeste (31,7%), e contribuem com 10,9% da capacidade total de armazenagem.

Todas as grandes regiões tiveram aumento no número de estabelecimentos

A Pesquisa de Estoques mostrou que, no segundo semestre de 2023, 9.102 estabelecimentos ativos foram encontrados, um acréscimo de 4,8% frente ao primeiro semestre de 2023. Neste segundo semestre de 2023, todas as regiões tiveram aumento no número de estabelecimentos: Norte (3,1%), Nordeste (2,3%), Sudeste (1,4%), Sul (5,1%) e Centro-Oeste (6,7%). O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.387).

No ranking de número de estabelecimentos e capacidade, o Rio Grande do Sul ficou em primeiro lugar, com 2.387 unidades de armazenagem, seguido por Mato Grosso, com 1.621, e em terceiro lugar, Paraná, com 1.369 unidades. Os três estados somados resultam em 60% da capacidade total do Brasil. Mato Grosso possui a maior capacidade de armazenagem do país, com 55,5 milhões de toneladas. Deste total, 58,9% são do tipo graneleiros e 35,9% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná possuem 37,7 milhões e 34,1 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante nesses estados.

Estoques de milho e soja crescem 15,8% e 39,6% respectivamente, enquanto de trigo cai 13,3%

Os estoques de milho totalizaram 21,0 milhões de toneladas, um acréscimo de 15,8% e os estoques de soja somaram 11,3 milhões de toneladas, um aumento de 39,6% em comparação a 31 de dezembro de 2022. Já os estoques de trigo totalizaram 6,4 milhões de toneladas, valor 13,3% inferior frente à mesma data de 2022. Os estoques dos produtos se relacionaram diretamente com a safra de 2023, recorde na produção de soja e milho, proporcionaram estoques maiores e a queda na produção de trigo, devido aos problemas climáticos, reduziram os estoques.

Estes produtos, acrescidos do arroz (1,5 milhão de toneladas) e do café (1,1 milhão), constituem 92,7% do total de produtos levantados pela Pesquisa, sendo os 7,3% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Fonte: IBGE

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