Com investimento de R$ 12 milhões, multinacional Agrocete passa a atuar no mercado de biocontrole

Publicado em 06/06/2024 12:45
Empresa paranaense reforça seu portfólio de bioinsumos e lança seus primeiros biodefensivos no mercado, em prol do desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável no campo

 A Agrocete, multinacional brasileira referência internacional na área de adjuvantes, fisiológicos, biológicos e nutrição, passa a integrar também o segmento de biocontrole, reforçando a sua atuação em prol do desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. A partir deste ano, a empresa paranaense terá, em seu portfólio, 3 novos produtos - um bionematicida, um biofungicida e um bioinseticida - que devem atender diversas culturas agrícolas. Com investimento de R$ 12 milhões, a decisão foi tomada após 5 anos de planejamento, observando a necessidade de novas soluções para o agricultor. 

"A possibilidade de oferecer produtos para um manejo mais sustentável, e que possibilitem mais rentabilidade ao produtor, foi o que nos motivou a ingressar no mercado de biocontrole", explica Andrea de Figueiredo Giroldo, Diretora de Marketing e Desenvolvimento da Agrocete. Essa categoria de produtos faz parte das inovações sustentáveis adotadas pelo agronegócio brasileiro face às mudanças climáticas e a necessidade do incremento na produção, por conta do aumento populacional, mas sem perder a eficiciência operacional no campo. 
Também chamados de biodefensivos, trata-se de uma categoria de produtos feitos a partir de agentes biológicos, como microorganismos, extratos de plantas, feromônios, entre outros, em contraste com os agroquímicos tradicionais. 

Para a Agrocete, atuante no mercado de inoculantes biológicos desde 1998 e produtora dessa categoria de produtos para 33% da área agrícola brasileira, a entrada no mercado de biocontrole foi um caminho natural. “Sempre estivemos presentes no mercado de biológicos acompanhando as pesquisas de biocontrole, a evolução da biotecnologia e a prospecção dos microorganismos. Então há 5 anos a entrada na área de biocontrole faz parte do nosso planejamento estratégico. E, com a ampliação do nosso portfólio, nosso intuito é que esses produtos ofereçam sinergia com os produtos atuais da empresa, trazendo melhor resultado no controle, evitando assim a necessidade de reaplicação e aumentando a produtividade", continua. 

Essa sinergia deve ocorrer por meio do processo chamado pela Agrocete de Construção de Produtividade, um conceito que entende que a produtividade no campo não é fruto de ações isoladas e envolve uma série de decisões do agricultor, que vão desde o preparo de área para o plantio até a colheita, tudo por meio de três eixos: ‘Plantio, Vigor e Enraizamento’, ‘Arranque e Força no Crescimento’ e ‘Tecnologia de Aplicação’. 

“Assim, o biocontrole passa a participar do grupo de produtos que garantem o manejo rentável e efetivo de uma cultura. Mas é o planejamento de todas as fases da Construção da Produtividade que garantirá que exploremos melhor o máximo potencial produtivo”, ressalta Andrea. 

Para serem lançados, os novos produtos passaram por um longo processo dentro do setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a fim de oferecer extrema qualidade e resultados consistentes. Procedimento padrão dentro da empresa, para ser lançado qualquer produto passa por um processo multifacetado, que envolve até mesmo um Comitê de Novos Produtos e diversas equipes e setores, treinamento técnico constante com a equipe, bem como uma série de trabalhos externos e pesquisas de campo em parceria com instituições de pesquisa e universidades. 

“Dessa forma, selecionamos produtos com extrema qualidade e que possuem resultados consistentes e que fazem sentido dentro da linha de Construção da Produtividade, com perfomance, qualidade, aplicabilidade ao mesmo tempo que demonstra ser uma opção sustentável e efetiva tanto para o meio ambiente, quanto para o agricultor”, explica Lays Costa, Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Agrocete. 

O investimento total para sustentar o novo negócio de biocontrole da empresa está estimado em R$ 12 milhões, contemplando inclusive a construção de uma nova planta em Ponta Grossa, Paraná. Os novos produtos serão lançados nos próximos meses. 

Fonte: Agrocete

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Coopama completa 80 anos de apoio ao pequeno produtor com inovação, apoio a diversificação e iniciativas que agregam valor à atividade rural
Os próximos 25 anos serão os mais importantes da história da agricultura, adverte especialista
Gargalos logísticos motivam grupo de produtores e associações a construírem ou revitalizarem estradas no oeste baiano
“É preciso ficar melhor antes de ficar maior”, aponta professor Marcos Fava Neves sobre investimentos no agro
Índia deve importar recorde de óleos vegetais em julho com compras robustas de óleo de palma
A importância da formação e capacitação de trabalhadores no Agronegócio