Acordos entre Brasil e Bolívia favorecem avanço tecnológico da agropecuária e produção de fertilizantes

Publicado em 31/01/2024 08:56
Ministro Carlos Fávaro assinou acordos bilaterais com o país vizinho em cerimônia no Itamaraty

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou nesta-terça (30), no Palácio do Itamaraty, Memorandos de Entendimento (MdE) entre o Brasil e a Bolívia com objetivo de estimular o desenvolvimento da agropecuária e da agroindústria. Os acordos firmados entre os países reafirmam o compromisso de trabalhar conjuntamente na construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do setor.

Já para estimular a inovação da indústria e do comércio de insumos para a agricultura e para a pecuária, principalmente em fertilizantes, calcário e outros insumos para a nutrição de plantas, foi assinado MdE entre o Ministério da Agricultura Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério de Minas e Energia (MME) do lado brasileiro, e os ministérios do Desenvolvimento Rural e Terras (MDRT) e dos Hidrocarbonetos e Energia (MHE) da Bolívia.

A cooperação prevê a realização de estudos para aumentar a produção de fertilizantes nos dois países por meio de construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos.

A Bolívia tem grandes reservas de gás natural, fundamental para a produção dos nitrogenados, além de minerais usados em outros tipos de nutrientes, mas carece de capacitação e de recursos para desenvolver suas cadeias – carência que o memorando tenta reduzir ao prever ações de cooperação técnica, plano de desenvolvimento industrial e programa de atração de investimento, entre outras medidas.

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância da assinatura dos acordos no compromisso do governo do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin para diminuição da dependência brasileira de fertilizantes importados.

“As alternativas precisam ser criadas, uma delas é o suprimento de gás natural com preços mais competitivos. Para que a gente possa restabelecer a construção e finalizar, por exemplo, a planta de Três Lagoas (MS) e em Cuiabá (MT), o suprimento de gás natural da Bolívia é fundamental”, disse.

O acordo cooperação tecnológica entre instituições de pesquisa firmado entre Mapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) MDRT prevê a criação de um Grupo de Trabalho composto por representantes dos países e a elaboração de um plano estratégico.

“No aspecto de transferência de tecnologia, assinamos agora o acordo para que as relações bilaterais entre Brasil e Bolívia criem laços mais profundos e mais frutíferos. O Brasil cumpre esse papel também de liderança na agropecuária por todo o continente. Com esse acordo firmado, a Embrapa poderá colaborar com a agropecuária boliviana”, ressaltou Fávaro.

“Para a Embrapa é fundamental apoiar o fortalecimento dos laços com os países amigos por meio da ciência agropecuária, criando oportunidades de intercâmbio de conhecimento e de avanços em tecnologia e inovação” destacou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

Os memorandos terão vigência de cinco anos, podendo ser renovados.

Estavam presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckimin; o ministro das Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira; ministra das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia, Celinda Sosa Lunda; e os ministros do Desenvolvimento Rural e Terras, Remmy Gonzáles Atila e dos Hidrocarbonetos e da Energia, Franklin Ortiz.

Fonte: MAPA

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Sérgio Souza: “Dialogamos com todos os envolvidos e consolidamos um texto robusto”
CAE rejeita emendas ao Estatuto Profissional dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas
Comissão de Agricultura na Câmara aprova projeto que reduz dependência de fertilizantes importados
Unem participa do Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas em Brasília
Abrasel classifica retratação do Carrefour como incompleta e reforça apoio ao agronegócio brasileiro
Tarifas de Trump podem aumentar a conta do supermercado – da carne bovina à suína, do abacates à tequila
undefined