Safra de tabaco encerra com 12 mil contratados; próximo ano acena com crescimento

Publicado em 12/07/2023 17:03
Balanço realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (STIFA) aponta que foram contratados quase 9 mil trabalhadores sazonais no último ano

Com o fim do primeiro semestre e a conclusão da principal época do processamento de tabaco nas indústrias da região, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (STIFA) avalia de forma positiva com o resultado das contratação de trabalhadores sazonais – chamados safreiros – nas indústrias da região. O levantamento mostra que, ao todo, 12 mil funcionários ocuparam as linhas de produção neste ano. Deste montante – 8,4 mil foram contratados especificamente para o período.

Segundo o Presidente do STIFA, Gualter Baptista Júnior, a avaliação da safra 2023 foi muito boa, pois ficou dentro da expectativa feita pelas entidades ligadas ao trabalhador da indústria. “Nós do STIFA e a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo e Afins (Fentifumo) estimávamos que no auge da safra, a indústria iria absorver 12 mil trabalhadores. Deste total, menos de um terço, cerca de 3,6 mil são efetivos. Foram quase 9 mil contratos sazonais na região”, destaca.

Baptista Júnior confirma que, dada a demanda por processamento do tabaco – que teve um aumento na safra na casa dos 8% em 2023 - gerou até mesmo uma oferta maior de vagas de trabalho para os safreiros. Nos últimos anos, por conta da pandemia da Covid-19 e da própria estiagem, este movimento não havia sido percebido. Atualmente, o período de contratações já foi encerrado. Segundo o Presidente do STIFA, as primeiras vagas de safreiros foram abertas ainda no mês de dezembro de 2022 – como geralmente ocorrem – e foram finalizadas no mês de junho.

Expectativa positiva para 2024

Para o Presidente do STIFA, a próxima safra deverá repetir o bom desempenho acompanhado durante o ano de 2023. Dois fatores colaboram para esta avaliação. “Um deles está relacionado a sobra de vagas no setor, gerada especialmente pela movimentação de trabalhadores para outros segmentos da economia, o que é muito bom também para a nossa região. Com isso, as empresas acabam mantendo mais tempo o trabalhador sazonal na ativa, oportunizando renda e benefícios sociais aos safreiros por mais tempo”, avalia.

Outro ponto que merece destaque, conforme o Dirigente, diz respeito à própria expectativa de safra para a temporada 2023/24, na casa das 600 mil toneladas. “Esta expectativa acontecendo, certamente teremos muitas oportunidades, tantas quantas foram registradas no último ano, com possibilidade até de crescimento”, projeta o Presidente do STIFA, Gualter Baptista Júnior.  

Fonte: STIFA

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