Lista de Lula para Agricultura vai de ex-ministros, presidente da Aprosoja e candidata à Presidência; veja os cotados

Publicado em 01/11/2022 12:22
Nome mais cotado para o Mapa no novo governo é da senadora e candidata à Presidência Simone Tebet (MDB), mas ela prefere Educação, segundo fontes

A equipe de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no domingo (30) para seu terceiro pleito à Presidência do Brasil já começa a ser montada. Antes mesmo da eleição, algumas especulações já eram apontadas. A lista de prováveis ministros da Agricultura de Lula vai de nomes que já comandaram a pasta em governos anteriores, ex-presidente da Aprosoja e uma candidata à Presidência.

A Folha de S. Paulo trouxe nesta segunda-feira (31) que o nome mais cotado para o Ministério da Agricultura (Mapa) no novo governo Lula é da senadora Simone Tebet (MDB), que foi a candidata terceira colocada na corrida presidencial ao Planalto em 2022, no primeiro turno. Ela exerceu forte apoio ao candidato do PT durante o segundo turno. Segundo o jornal, "sua presença no ministério de Lula é encarada como uma certeza".

A Folha ainda destaca que o novo ministro da Agricultura deve ter a função de reforçar a imagem do agro para o mundo, com destaque à preservação ambiental. "Aliados de Tebet dizem que ela preferia ocupar a Educação, mas a tendência é que a pasta fique com o PT", diz outro trecho da reportagem da Folha.

"Aliados de Tebet dizem que ela preferia ocupar a Educação, mas a tendência é que a pasta fique com o PT", diz a Folha - Foto: Reuters

Ainda aparecem na lista de possíveis nomes, segundo apuração da Folha, o deputado Neri Geller (PP-MT), que já esteve no Mapa anteriormente, e o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Os dois também constam na apuração que o Estadão fez no dia do segundo turno das Eleições 2022. "Fávaro tem a 'vantagem' de apoiar Lula desde janeiro, quando ainda era uma das poucas vozes do agro ao lado do ex-presidente e a boa interlocução com o setor produtivo, já que presidiu a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), e com a bancada ruralista", apurou o Estadão.

Fávaro é um nome que tem sinalização positiva, por exemplo, de Aloizio Mercadante, que é o coordenador do programa de governo de Partido dos Trabalhadores (PT). O Estadão também pontua que Carlos Fávaro, junto com Geller e o empresário de sementes de soja Carlos Augustin, faz parte da articulação petista com o agro.

Neri Geller (PP-MT) chegou a liderar as especulações para assumir o Ministério da Agricultura, mas "o parlamentar teve o mandato cassado e inegibilidade de oito anos decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o impede de assumir cargos públicos. Caso consiga reverter a decisão junto ao Supremo Tribunal Federal, ele deve ser cogitado para assumir a secretaria de Política Agrícola do ministério, responsável pelo Plano Safra, ou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), comandando a retomada da política de estoques reguladores prometida por Lula", destaca o Estadão.

A senadora Kátia Abreu (Progressistas) é outro nome feminino que aparece entre os cotados para o Ministério. Ela já ocupou o cargo durante o governo de Dilma Rousseff. "Para Kátia Abreu e Simone Tebet, pesa a favor o fato de que possuem mandato somente até 2023, diferentemente de Fávaro, mas pesa contra o fato de aderirem à campanha petista somente no segundo turno", diz o jornal.

O nome de Geraldo Alckmin (PSB) também já chegou a ser cotado para a pasta, o nome, inclusive, foi muito bem recebido pelo setor produtivo. "Aliados do ex-presidente, contudo, avaliam que nomeá-lo para chefiar pasta do Executivo poderia trazer obstáculos na relação entre Lula e Alckmin", destacou o jornal. Também é citado, com menor frequência, o nome do ex-ministro Blairo Maggi.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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