Levantamento analisa movimentação de recursos do Plano Safra 22/23 em MS
Em setembro, a operação de custeio movimentou R$ 1,1 bilhão, crescimento de 3%, e a industrialização utilizou R$ 67 milhões, aumento de 97%, em relação ao mesmo período do ano anterior, em Mato Grosso do Sul. O investimento, que captou R$ 189 milhões, apresentou redução de 57% e a comercialização, com utilização de R$ 134 milhões, teve redução de 42%, em comparação a setembro de 2021. Os dados foram divulgados no informativo mensal da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, com base nos dados do Bacen.
No período que compreende os meses de julho a setembro, o acumulado de crédito utilizado foi de R$ 6,80 bilhões, superando em 36% o valor utilizado no mesmo período do ano anterior. O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, sinaliza que "O aumento se justifica pelo incremento dos custos de produção, alavancados por insumos como sementes, fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas, que compõe os custos variáveis e representam cerca de 91% dos custos totais para a implantação e condução das lavouras de soja em MS", finaliza.
Apesar do aumento trimestral, o mês de setembro deste ano apresentou redução de 14% na captação total de crédito, em relação a setembro de 2021. A agricultura foi a maior responsável pela utilização de crédito obtido no período, com 76% do volume da operação, dos quais, 70% foram usados para custeio, com 44% dos recursos destinados à cultura da soja e 50% ao milho.
Os bancos públicos disponibilizaram 76% do total de investimento e 76% de custeio; bancos privados representaram 19% do investimento e 11% de custeio e as cooperativas de crédito foram responsáveis por 5% do investimento e 13% do custeio. A maior parte da operação de custeio, 79%, foi contratada sem nenhum tipo de programa. No investimento, 53% das contratações ocorreram sem programa e 30% foram obtidos pelo programa ABC.