Commodities e dólar invertem movimentos depois de divulgação dos dados de inflação dos EUA nesta 3ª

Publicado em 13/09/2022 10:40 e atualizado em 13/09/2022 11:39

As commodities inverteram seu movimento de alta na manhã desta terça-feira (13) logo na sequência da divulgação dos dados da inflação norte-americanas. Aquelas que já estavam recuando, apenas aprofundaram suas baixas nas bolsas internacionais. Perto de 10h30 (horário de Brasília), os futuros do petróleo WTI cediam 0,6% para 88,28 por barril, enquanto o brent era cotado a US$ 94,34. 

O mercado esperava por uma redução no índice inflacionário norte-americano, apoiado na redução dos preços da gasolina, porém, as baixas foram compensadas, como noiticiou a Reuters, pelos custos com alimentação e aluguel nos Estados Unidos. Assim, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,1% no mês passado, depois de ficar estável em julho. E no acumulado de 12 meses, até agosto, a alta é de 8,3%. 

Gráfico: Bureau of Labor Statistics + Bloomberg

"A inflação geral está desacelerando à medida que os preços dos bens recuam depois de terem subido no início deste ano em meio a um afrouxamento dos gargalos nas cadeias de suprimentos globais e uma migração dos gastos de volta aos serviços", informou a Reuters.

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+ Preços ao consumidor nos EUA aumentam inesperadamente em agosto; núcleo da inflação sobe

Além das commodities e do dólar, as ações americanas e os rendimentos do Tesouro também sentiram os impactos diretamente, logo depois do anúncio dos números. 

"A recente recuperação das ações parecia incrivelmente mal avaliada e prematura", disse James Athey, diretor de investimentos da Abrdn à agência internacional de notícias Bloomberg. "Esse número do CPI é muito forte em relação ao consenso e não é o que o Fed queria ver. A chance de o ritmo dos aumentos desacelerar após setembro diminuiu um pouco como resultado desses dados", complementa.

E assim, o dia deverá ser de bastante volatilidade. O dólar index, que na manhã de hoje subia 0,5%, passava para o campo positivo e tinha alta de 0,96%, chegando aos 109,062 pontos. No mercado cambial brasileiro, alta de 1,82% para R$ 5,19, depois também de a moeda americana ter iniciado o dia em baixa. 

Em Chicago, a soja que subia mais de 15 pontos mais cedo, passava a testar leves baixas, deixando os US$ 15,00 por bushel também observados no início do dia. Assim, o novembro valia US$ 14,91 e o março, US$ 14,92 por bushel. No mesmo momento, o milho cedia de 4,50 a 5 pontos nos contratos mais negociados, levando o dezembro a US$ 6,91. 

Na Bolsa de Nova York, o destaque se dava sobre o algodão, que perdia mais de 2% na principal posição, com o dezembro valendo 102,94 cents de dólar por libra-peso. 

JUROS MAIS ALTOS?

Ainda nesta terça-feira, a Reuters noticiou a possibilidade do Federal Reserve - o banco central norte-americano - elevar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 75 pontos-base percentual na próxima semana, e com chances deste incremento poder ser ainda mais elevado. 

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+ Fed deve elevar juros em 0,75 p.p. na próxima semana, com chance de aumento maior

ENERGIA MAIS CARA NOS EUA

Outro dado no cenário norte-americano que também chamou a atenção nesta terça-feira foi o referente aos preços da energia elétrica. De acordo com a Bloomberg, as contas de eletricidade testaram suas máximas desde 1981 e apresentam uma alta de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as contas com gás natural registraram avanço de 33%. 

"Os custos mais amplos de energia caíram pelo segundo mês consecutivo por causa dos preços mais baixos da gasolina e do óleo combustível. Mesmo com essa queda, os custos totais de energia ainda estavam cerca de 24% acima dos níveis de agosto de 2021", informou a agência internacional.

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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