Agronegócio representa 24,3% da economia baiana em seu primeiro trimestre
O PIB do agronegócio baiano, calculado e divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), totalizou R$ 22,7 bilhões no primeiro trimestre de 2022, representando 24,3% do PIB estadual para o período. Essa participação é superior à verificada no mesmo trimestre de 2021 quando era equivalente a 24% do PIB total baiano; ou seja, entre os dois períodos o agronegócio baiano aponta trajetória de aumento de participação na economia.
Apesar da ampliação da participação no total da economia, o PIB do agronegócio registrou recuo de 0,7% no primeiro trimestre de 2022 quando comparado ao primeiro trimestre de 2021. Neste período, somente o agregado I (produção de insumos) e agregado III (processamento dos produtos agropecuários) aumentaram as participações no PIB da Bahia, passando de 1,65% para 1,77% e 3,57% para 6,59% respectivamente. João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica porque mesmo com taxa de crescimento negativa, o Agronegócio ganhou participação: “Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, as variações em termos de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, uma queda em termos reais, mas ainda assim a possibilidade de aumento de participação em decorrência de uma oscilação nos preços superior à queda calculada em termos reais. Como os preços agrícolas apresentaram alta, esse efeito se verificou na economia baiana”.
É importante salientar que o primeiro trimestre, apesar da relevância pela ocorrência de algumas importantes safras, não é o principal para o agronegócio haja visto que a maior parte da produção agropecuária baiana se desenvolve no segundo trimestre e isso caracteriza impactos positivos tanto no próprio segmento agropecuário (agregado II) quanto nos demais segmentos, especialmente nos segmentos de transporte e comercialização que compõem o agregado IV. Segundo Caetano, “considerando essa especificidade e com base em alguns indicadores mais atualizados relativos à produção agrícola baiana, a expectativa é que no segundo trimestre se tenha um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano”.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, Leonardo Bandeira, analisou que “determinadas sazonalidades no setor do agronegócio são normais e até esperadas. Mas, o que nos chama atenção nos novos números oferecidos pela SEI é que o setor se consolida como responsável por uma grande fatia das riquezas geradas pela Bahia. O agronegócio vem, já há muito, sendo responsável por cerca de ¼ (um quarto) do PIB do estado, e repetimos a performance nessa parcial. Tudo isso é fruto de uma política acertada, muito trabalho e a dedicação daqueles que empreendem e trabalham no campo”.