Insumos biológicos e Produção Integrada (PI) são assuntos na Câmara Setorial do Arroz

Publicado em 30/05/2022 08:03 e atualizado em 30/05/2022 09:29
Pesquisadores da Embrapa participaram da reunião com o setor produtivo

No último dia 25 foi realizada a 64ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Arroz, por videoconferência, com a participação de pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão (Goiânia/GO) e da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS). Os pesquisadores José Manoel Colombari Filho e Maria Laura Turino Mattos foram os representantes das Unidades de Pesquisa.

A programação constou de apresentação pelo Presidente da Câmara da pauta do dia da Reunião Ordinária, seguido por informações da Presidência e da Secretaria da Câmara, uma abordagem sobre a Conjuntura do Setor de Arroz, por Sérgio Roberto dos Santos Junior, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

A Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz) apresentou a proposta de elaboração de protocolo privado da cadeia produtiva do arroz. Na sequência foi feita a apresentação dos pesquisadores da Embrapa. José Manoel Colombari Filho apresentou o tema Oportunidades para o arroz brasileiro com a nova Genética Embrapa, já Maria Laura Turino Mattos desenvolveu a temática de Avaliação de insumos biológicos para a lavoura arrozeira no RS e também da Visibilidade do arroz produzido para o mercado interno e externo quanto à sustentabilidade e segurança do alimento. O último tema do encontro trouxe a experiência de como a cadeia do algodão se tornou o segundo maior exportador mundial, apresentado por Márcio Portocarrero da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (ABRAPA).

Temas da Unidade na Reunião

A Embrapa Clima Temperado trouxe sua contribuição através da pesquisadora Maria Laura Turino Mattos ao realizar duas abordagens. A primeira sobre a Avaliação de insumos biológicos para a lavoura arrozeira no RS, ao apresentar novos insumos aos produtores rurais, como alternativas de uso de produtos biológicos (os inoculantes).

Entre essas possibilidades, ela apresentou a experiência com o microrganismo Azospirillum brasilense. Este produto tem apresentado ganhos de produtividade e contribuído para diminuição da liberação de gases de efeito estufa para o meio ambiente, além é claro, de engordar o bolso do produtor. Ela comentou que os fertilizantes biológicos são utilizados de forma mais comum em lavouras de soja, mas os experimentos demonstraram ganhos positivos em áreas de arroz ao incrementar a sua produtividade em cerca de 20%, e alcançando a média de 12 mil quilos/hectare ao utilizar cultivares de arroz irrigado da Embrapa. Também destacou a eficiência de tecnologias lançadas pela Embrapa para a cultura do arroz como as bactérias solubilizadoras de fosfato e futuras tecnologias com novos microrganismos para o arroz.

O segundo tema abordado por ela foi a Visibilidade do arroz produzido para o mercado interno e externo quanto à sustentabilidade e segurança do alimento. A pesquisadora trouxe a importância das normas da Produção Integrada (PI) para o segmento orizícola, e também de outras culturas agrícolas.

Conforme Mattos, ao adotar as exigências da PI Arroz, o País dará visibilidade ao mundo de como se pode produzir com sustentabilidade, e paralelamente, atender o mercado interno com a apresentação de um grão de qualidade. O seu foco também foi mostrar que aquele produtor direcionado à exportação do arroz, se atender às exigências de critérios descritos pela PI, ele não precisará atender protocolos internacionais, visto que o Brasil possui um protocolo único, que atende a certificação, com respaldo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e com certificação de terceira parte, ou seja, certificadoras acreditadas pelo INMETRO para atribuir à carga do grão o selo ‘Brasil Certificado’. “A indústria do arroz já atende 98% das exigências descritas na PI Arroz, o que falta é apenas um passo a mais no atendimento aos critérios propostos e trabalhar por setores para qualificar equipes. Entendemos que é preciso capacitar na PI Arroz um amplo grupo de profissionais para atuar como responsáveis técnicos, que vai além dos engenheiros agrônomos, incluindo engenheiros agrícolas, engenheiros químicos, engenheiros de alimentos, engenheiros de produção, bem como, para o “marketing” da PI Arroz os adidos agrícolas, intermediários de negócios, entre outros”, disse.

 

Fonte: Embrapa

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