Em março, IBGE prevê safra recorde de 258,9 milhões de toneladas para 2022
Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar o recorde de 258,9 milhões de toneladas, 2,3% acima (5,7 milhões de toneladas) da obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas) e declínio de 1,0% (-2,7 milhões de toneladas) em relação ao estimado em fevereiro (261,6 milhões de toneladas). Com isso, a produção deve superar o recorde alcançado em 2020, quando foram produzidos no país 255,4 milhões de toneladas. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 71,8 milhões de hectares, sendo 4,7% (3,2 milhões de hectares) maior que a área colhida em 2021 e 0,8% (555,6 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,2% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. Em relação a 2021, houve acréscimos de 8,3% na área do milho (6,9% na primeira safra e 8,8% na segunda), de 11,1% na área do algodão herbáceo e de 3,8% na da soja.
Por outro lado, houve declínios de 1,2% na área do arroz e de 2,9% na área do trigo.
Espera-se que a produção de soja totalize 116,2 milhões de toneladas, com redução de 13,9% em relação ao produzido no ano passado. A produção do milho foi estimada em 111,9 milhões de toneladas, com crescimento de 27,4% em relação a 2021. Já a estimativa de produção do arroz foi de 10,7 milhões de toneladas, queda de 8,0% frente ao produzido no ano passado.
A informação de março para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2022 alcançou 258,9 milhões de toneladas e uma área colhida de 71,8 milhões de hectares. Em relação a 2021, a área a ser colhida cresceu 4,7% (3,2 milhões de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 555,6 mil hectares (0,8%).
Somente a região Sul teve retração (-5,9%) em sua estimativa frente à previsão do mês anterior. Ela deve produzir 65,1 milhões de toneladas (25,1% do total do país). As demais apresentaram alta: Com avanço de 2,2% frente à última estimativa, o Norte deve alcançar 12,7 milhões de toneladas (4,9% do total). Já o Nordeste teve crescimento de 1,6%, totalizando 25,1 milhões de toneladas e deve responder por 9,7% da produção nacional. A estimativa do Sudeste, por sua vez, cresceu 0,4% e a produção deve chegar a 26,9 milhões de toneladas (10,4%), enquanto a do Centro-Oeste, ao avançar 0,5%, foi estimada em 129,1 milhões (49,9% do total).
Entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (13,8%), Rio Grande do Sul (9,2%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,5%), que, somados, representaram 79,0% do total nacional. As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Mato Grosso (2,2 milhões de toneladas), no Paraná (1,0 milhão de toneladas), na Bahia (223,7 mil toneladas), em Rondônia (166,1 mil toneladas), em Pernambuco (149,8 mil toneladas), em Minas Gerais (110,1 mil toneladas), no Pará (109,5 mil toneladas), no Rio Grande do Norte (18,3 mil toneladas), no Maranhão (12,9 mil toneladas), no Espírito Santo (2,5 mil toneladas) e no Rio de Janeiro (1,9 mil toneladas). As principais variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-4,5 milhões de toneladas), em Mato Grosso do Sul (-1,5 milhão de toneladas), em Santa Catarina (-640,2 mil toneladas), no Distrito Federal (-30,8 mil toneladas) e no Ceará (-789 toneladas).
Destaques na estimativa de março de 2022 em relação à de fevereiro
Em março, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação à de fevereiro: da cevada (11,4% ou 46,4 mil toneladas), do trigo (9,6 % ou 697,6 mil toneladas), do milho 2ª safra (4,9% ou 4,1 milhões de toneladas), do feijão 2ª safra (4,5% ou 58,8 mil toneladas), do algodão herbáceo em caroço (3,7% ou 231,7 mil toneladas), da aveia (3,3% ou 32,4 mil toneladas), do feijão 1ª safra (2,0% ou 23,7 mil toneladas), do feijão 3ª safra (1,7% ou 9,9 mil toneladas), do café canephora (1,7% ou 17,1 mil toneladas) e do café arábica (0,6% ou 14,3 mil toneladas).
Por outro lado, houve declínios na produção da uva (-9,5% ou -155,6 mil toneladas), da soja (-5,6% ou -6,8 milhões de toneladas), do milho 1ª safra (-3,8% ou -965,6 mil toneladas) e do tomate (-1,9% ou -69,5 mil toneladas).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – Com a demanda aquecida, os produtores aumentaram a área cultivada com o algodão. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 3,6% e, no ano, chegou a 11,1%. Com isso, a estimativa para a produção foi de 6,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,7% em relação ao mês anterior e de 12,3% em comparação com 2021. No ano passado, o plantio da soja atrasou devido à escassez de chuvas em algumas regiões e, como grande parte das áreas de algodão são plantadas depois dessa colheita, alguns produtores a reduziram com o objetivo de minimizar o risco climático. Em 2022, o plantio ocorreu dentro do período ideal, favorecendo o desenvolvimento da cultura.
Mato Grosso é responsável por quase 70,0% da produção nacional, tendo estimado um aumento de 4,6% na produção em relação ao mês anterior. Em relação a 2021, a produção deve crescer 13,9%, tendo como principal motivo o aumento da área plantada (12,6%). Como a maior parte das áreas do produto no estado é plantada na 2ª safra, e como o avanço da colheita da soja proporcionou o plantio do algodão na época ideal, as lavouras tiveram seu desenvolvimento favorecido. Entretanto, em algumas regiões do Estado, o excesso de chuva reduziu o ritmo de colheita da soja, prejudicando a implantação das lavouras de algodão.
Na Bahia, responsável por 21,0% da safra nacional, a estimativa de produção cresceu 2,1% em relação ao mês anterior devido à expectativa de aumento da produtividade. A recuperação dos preços da pluma e o aumento da demanda internacional incentivaram os produtores a aumentarem a área cultivada, que cresceu 8,3% quando comparado com o ano anterior.
CAFÉ (em grão) - A estimativa da produção brasileira de café, para 2022, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, foi de 3,4 milhões de toneladas, ou 56,1 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,9% em relação ao mês anterior, e crescimento de 14,4% em relação a 2021. O rendimento médio, de 1 824 kg/ha, por sua vez, aumentou 13,5% no comparativo anual.
Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,3 milhões de toneladas, ou 38,7 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,6% em relação ao mês anterior, e crescimento de 20,9% em relação ao ano anterior. Em 2022, a safra do café arábica será de bienalidade positiva, o que deve resultar em um aumento expressivo da produção, embora o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021, inclusive com a ocorrência de geadas em algumas regiões produtores, possa ter reduzido o potencial de produção esperado.
Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 1,0 milhão de toneladas, ou 17,4 milhões de sacas de 60 kg, aumentos de 1,7% em relação ao mês anterior e de 2,3% em relação a 2021. A área plantada e a área a ser colhida apresentam crescimentos de 1,8% e de 1,9%, respectivamente. O rendimento médio, de 2 586 kg/ha, apresenta crescimento de 0,4% frente ao obtido em 2021.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 7,9 milhões de toneladas, aumentos de 9,6% em relação ao mês anterior e de 1,5% em relação ao ano anterior, com o rendimento médio devendo alcançar 2 939 kg/ha, crescimento de 4,5%.
A estimativa da produção da aveia foi de 1,0 milhão de toneladas, crescimento de 3,3% em relação ao mês anterior, e declínio de 4,9% em relação a 2021. Os principais produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 709,2 mil toneladas e Paraná, com 236,7 mil toneladas, respondendo a Região Sul por 96,7% do total a ser produzido no país em 2022.
Para a cevada, a produção estimada foi de 453,4 mil toneladas, aumentos de 11,4% em relação ao mês anterior e de 3,8% em relação a 2021. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 344,2 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 94,5 mil toneladas, cujas produções somadas representam 96,7% do total nacional. A produção paulista e a catarinense foram estimadas em 12,7 mil toneladas e 2,0 mil toneladas, respectivamente. O cultivo do cereal normalmente é realizado sob contrato com cervejarias nacionais, o que tem incentivado a produção no país como alternativa à importação do produto.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras, foi de 3,2 milhões de toneladas. Essa estimativa é 3,0% maior que a do mês anterior, em função dos aumentos de 1,7% na área a ser colhida e de 1,3% no rendimento médio. Nesta avaliação, os estados com maior participação na estimativa de produção da safra foram Paraná (24,7%), Minas Gerais (16,5%), Goiás (10,2%) e Mato Grosso (9,4%).
Com relação à variação anual, a estimativa para a área a ser colhida aumentou 2,7%, com o rendimento médio crescendo 11,0%. A estimativa da produção aumentou 13,9%.
A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, aumento de 2,0% frente à estimativa de fevereiro. A estimativa da área a ser colhida aumentou 1,9% e o rendimento médio permaneceu inalterado. Destaque negativo para Santa Catarina (-19,0%), Rio Grande do Sul (-11,2%) e Rio de Janeiro (-4,8%). Destaques positivos para Mato Grosso (48,8%), Pernambuco (115,8%) e Rio Grande do Norte (63,3%). A falta de chuvas foi a responsável pelas reduções das safras no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, bem como no Paraná, que no presente mês reviu para cima sua produção da 1ª safra (4,9%), interrompendo uma sequência de queda em decorrência da estiagem. Essa 1ª safra representa 38,2% do total de feijão produzido no país.
A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 4,5% frente à estimativa de fevereiro, havendo também crescimentos de 3,0% na estimativa do rendimento médio e de 1,4% na estimativa da área a ser colhida. Destaques negativos para Rio Grande do Norte (-67,7%), Espírito Santo (-1,4%), Minas Gerais (-1,3%) e Mato Grosso (-22,7%) e destaques positivos para Pernambuco (97,9%), Paraná (9,0%), Santa Catarina (32,9%), Rio Grande do Sul (5,0%) e Mato Grosso do Sul (12,9%). Essa segunda safra representa 43,0% do total de feijão produzido no país.
Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 593,8 mil toneladas, aumento de 1,7% frente à previsão de fevereiro, com a área a ser colhida aumentando 1,4% e o rendimento médio crescendo 0,3%. Dos nove estados com informação para a 3ª safra de feijão, seis mantiveram as estimativas do último levantamento. Houve crescimento na estimativa da produção do Distrito Federal (133,3%), e declínio na estimativa de Mato Grosso (-1,3%) e do Espírito Santo (-42,0%). Essa safra representa 18,8% da produção nacional total desse grão.
MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho foi de 111,9 milhões de toneladas, aumento de 2,9% em relação ao mês anterior e de 27,4% em relação a 2021. Após uma forte queda na produção, em 2021, efeitos do atraso do plantio da 2ª safra e da falta de chuvas nas principais Unidades da Federação produtoras, aguarda-se um ano dentro da normalidade, o que propiciará a recuperação das lavouras, inclusive podendo atingir um novo recorde nacional.
Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 24,7 milhões de toneladas, declínios de 3,8% em relação ao mês anterior e de 3,9% em relação à safra de 2021, apesar do acréscimo de 6,9% na área a ser colhida. Já o rendimento médio apresenta redução de 10,1%. Embora as chuvas tenham chegado de forma antecipada na maior parte do país, iniciando o ano agrícola no tempo certo, a partir da segunda metade do ciclo da cultura, faltaram chuvas na Região Sul, o que derrubou consideravelmente o potencial de produção dessa safra.
Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 87,2 milhões de toneladas, aumentos de 4,9% em relação ao mês anterior e de 40,4% em relação a 2021, com crescimento de 6,8% na área plantada. Na safra 2021, na maioria das Unidades da Federação importantes na produção do cereal, o clima prejudicou o desenvolvimento das lavouras da segunda safra. Além disso, o ano agrícola atrasou, encurtando sua “janela de plantio”, o que também ajudou a reduzir a produção, uma vez que deixou as lavouras mais expostas às restrições de chuvas durante o ciclo produtivo. Para 2022, aguarda-se uma conjuntura climática mais benéfica para a segunda safra de milho, quando comparada à de 2021. O ano agrícola não atrasou e o plantio da soja foi realizado, em sua maior parte, na época ideal, o que favoreceu a “janela de plantio” para o milho segunda safra. Aguarda-se crescimento da produção nos principais estados produtores.
SOJA (em grão) – A estimativa de produção de soja, com base nos dados do mês de março, apresentou um ajuste mensal com queda de 5,6% no volume produzido no país, impulsionado pela confirmação da queda de produtividade observada nos estados do Sul. Foram levantadas um total de 116,2 milhões de toneladas, o que já indica uma retração de 13,9% na comparação com o último ano. Os efeitos adversos proporcionados pela estiagem castigaram o desempenho das lavouras de verão nos estados do centro-sul do país.
Portanto, ainda que se confirme um acréscimo de 4,0% nas áreas plantadas com a cultura nesta safra, que deverá totalizar 40,5 milhões de hectares, a estimativa de queda no rendimento médio da cultura no país, em 2022, é de 17,0%, atingindo o patamar de 2.873 kg/ha, derrubando a produção nacional da leguminosa. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país deve cair para 44,9%, ainda permanecendo como o grão de maior peso no grupo.
Mato Grosso, maior produtor nacional da leguminosa, e que deve responder por quase um terço da produção do país, com novo acréscimo de 0,3% no mês, estimou um total de 37,6 milhões de toneladas. Com isso, a produção do grão no estado deve ser 5,4% superior à registrada no ano anterior, constituindo novo recorde na série histórica do IBGE.
Com a quebra de safra prevista nos estados do Sul, Goiás deve responder pelo segundo maior volume de soja produzido no país neste ano. Mesmo com expectativa de queda de 0,8% no rendimento médio, a produção deve crescer 3,1%, alcançando 13,5 milhões de toneladas, em virtude da ampliação das áreas de cultivo, que devem crescer 3,9% no ano.
No Paraná, com a quebra de safra neste ano, o volume produzido deve ser 41,1% menor que o obtido na safra anterior, também por conta dos efeitos da estiagem, aliado ao calor intenso. Com uma produção esperada de 11,7 milhões de toneladas, a retração de 41,8% no rendimento médio é a principal responsável pela queda na produção regional. Já o Rio Grande do Sul, que neste mês apresentou mais um reajuste, agora com redução de 27,5% na produção, confirmando a quebra na safra, estimou para 2022 uma produção 9,5 milhões de toneladas, queda de 53,5% frente à safra do ano anterior.
TOMATE – A estimativa da produção brasileira de tomates, em 2022, foi de 3,5 milhões de toneladas, indicando um declínio de 1,9% em relação a fevereiro. A área plantada apresentou redução de 1,3% e o rendimento médio, declínio de 0,7%. Goiás se apresenta, nesta estimativa, como o maior produtor brasileiro de tomates e espera uma produção de 971,4 mil toneladas, o que representa 27,5% do total nacional, sendo seguido por São Paulo com 24,8 %, Minas Gerais com 14,5%, Paraná com 6,0%, Bahia com 5,0%, Espírito Santo com 4,2% e Rio de
Janeiro com 4,2%.
Os maiores declínios da produção, em relação ao mês anterior, em termos de volume de produção, foram verificados no Paraná (-6,6%), em Santa Catarina (-29,0%), no Rio Grande do Sul (-2,4%) e no Espírito Santo (-5,1%). Em relação a 2021, a estimativa de produção foi 9,2% inferior, ocorrendo declínios de 3,0% no rendimento médio e de 6,4% na área a ser colhida.
UVA – A estimativa da produção foi de 1,5 milhão de toneladas, decréscimos de 9,5% em relação ao mês anterior e de 13,2% em relação a 2021. No Rio Grande do Sul, maior produtor de uvas do país com 49,3% do total, a estimativa da produção foi reduzida em 17,5% em relação a fevereiro, para 728,3 mil toneladas, caindo 23,4% em relação a 2021. A estiagem causou efeitos diretos nesta safra, como também poderá influenciar a próxima, afetando o desenvolvimento fisiológico, pois dificulta a manutenção das folhas e acelera a dormência das plantas, levando ao menor acúmulo de foto-assimilados.
A produção paulista deve alcançar 146,9 mil toneladas, declínio de 0,3% em relação ao ano anterior, enquanto as produções do Paraná, de 56,2 mil toneladas e de Santa Catarina, de 55,2 mil toneladas, devem apresentar um declínio de 1,4% e 7,5%, respectivamente, nesse mesmo comparativo. No Nordeste, Pernambuco e Bahia, outros produtores importantes, com participação de 27,0% e 4,1%, respectivamente, devem produzir 399,1 mil toneladas e 60,8 mil toneladas, respectivamente. Enquanto no Sul a maior parte das uvas tem como destino a produção de sucos, no Nordeste, a maior parte vai para o consumo de mesa.