Em fevereiro, 69 municípios de MS enfrentaram seca grave, extrema ou excepcional
As previsões que indicavam poucas chuvas no Verão se confirmaram. Durante o mês de fevereiro, as chuvas ficaram até 75% abaixo da média histórica, com acumulados que variaram de zero a 120 milímetros. Apenas nos municípios do extremo Nortee do Estado observou-se chuvas acima da média climatológica, com acumulados que variaram entre 120 a 180 milímetros.
Os dados foram catalogados pelo Monitor de Secas do CEMTEC/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. Com isso, o Monitor apurou que 69 municípios sul-mato-grossenses enfrentaram seca de intensidade grave a excepcional, enquanto em 10 municípios a seca foi moderada.
A escassez de chuvas já produziu efeitos danosos na safra de soja deste ano. A produtividade média da soja – que se estimava em 56 sacas por hectare – caiu para 50,6 sacas por hectare e o montante colhido deve totalizar 11,4 milhões de toneladas do grão (antes a previsão era superar 12 milhões/ton), conforme dados são do SIGA-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), projeto coordenado pela Semagro em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação de Agricultura).
Para o próximo trimestre (abril, maio e junho) a previsão é de chuvas entre 200 a 300 milímetros em grande parte do Estado. No geral os acumulados ficarão entre 40 a 50% abaixo da média climatológica. Nas regiões Nordeste (Paranaíba) e Noroeste (Corumbá) as chuvas devem variar entre 100 a 200 milímetros, enquanto no Extremo Sul da (Mundo Novo, Iguatemi, Itaquiraí) entre 300 a 400 milímetros.