CNA debate agricultura sustentável no Fórum Público da OMC
A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, participou na quarta (29) do painel “Towards Sustainable Agricultural Trade”, no Fórum Público 2021 da Organização Mundial de Comércio (OMC), realizado pela Missão do Brasil junto a OMC e pelo Inper Agro Global.
O debate também contou com a presença virtual do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, embaixador Orlando Ribeiro, do presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito, e da diretora de Sustentabilidade do Grupo Amaggi, Juliana Lopes.
No encontro, Lígia Dutra disse que quando a OMC foi criada, em 1994, o Brasil exportava US$ 12 bilhões em produtos agrícolas. De janeiro até agosto deste ano, já embarcou cerca de US$ 84 bilhões em exportações agrícolas.
“A agricultura sempre foi importante para a economia do Brasil, mas nunca tão importante como hoje. O exemplo brasileiro é bastante representativo de quanto aumentou o comércio agrícola internacional desde a entrada em vigor do acordo sobre agricultura, em 1995”.
Segundo Lígia, a criação da OMC representou um esforço vital para nivelar o comércio internacional. Entretanto, ressaltou, com os novos desafios que afetam os agricultores, pecuaristas e consumidores, em todo o mundo, é necessário que os membros da OMC trabalhem para eliminar todas as formas de barreiras não-tarifárias ao comércio de produtos agrícolas.
Para a diretora de Relações Internacionais da CNA, é importante reconhecer que os sistemas alimentares em todo o mundo estão enfrentando um desafio gigantesco: fornecer alimentos seguros para uma população em crescimento, que sejam ambientalmente sustentáveis, com uma produção que forneça os melhores meios de subsistência para a população rural e com distribuição justa dos lucros em toda a cadeia de valor.
“Os acordos comerciais devem ser negociados como uma ferramenta para ajudar a superar esses desafios, ao invés de ser uma forma de restringir a competitividade dos parceiros comerciais ou aumentar as barreiras de acesso ao mercado”, destacou.