Entrega de alimentos seguros à população une agricultores, Prefeitura de Jundiaí e especialistas do CEA-IAC

Publicado em 02/06/2021 10:29
Primeira etapa da iniciativa começa no dia 7 de junho, Dia Mundial do Alimento Seguro; ações, gratuitas, privilegiam capacitação de produtores e medidas seguras para utilização de tecnologias em tratamentos voltados aos cultivos

Um programa inédito e gratuito de agricultura sustentável começa no dia 7 de junho, com objetivo de assegurar a chegada de alimentos seguros a pontos de venda e à mesa da população da paulista Jundiaí. A iniciativa une a Associação Agrícola e a Prefeitura locais e o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), sediado na mesma cidade.

Na mesma data de início do programa, a OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde – e a OMS – Organização Mundial da Saúde – celebram o Dia Mundial do Alimento Seguro, com objetivo de prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar, estimular a saúde, a prosperidade econômica e o desenvolvimento sustentável.

Órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o CEA-IAC é também gestor do programa “Aplique Bem”, focado na disseminação de boas práticas agrícolas e coordenado pelo pesquisador científico Hamilton Ramos. Ramos está à frente ainda de outras iniciativas voltadas à segurança no campo, como a Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Defensivos Agrícolas e o ‘IAC-Quepia’.

Segundo Ramos, a diretriz inicial do novo projeto local, chamado Jundiaí: Lugar de Alimento Seguro, privilegiará treinamentos para capacitação de agricultores e a realização de pesquisas participativas, com ênfase na aplicação de insumos para controle de pragas, doenças e plantas daninhas nos cultivos.

Até o mês de outubro próximo, acrescenta o pesquisador, ocorrerão várias sessões de capacitação de produtores, realizadas diretamente nas propriedades rurais, sob a liderança da equipe de engenheiros agrônomos altamente qualificada do programa Aplique Bem.

Para o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado (PSDB-SP), as inovações do programa Jundiaí: Lugar de Alimento Seguro qualificam o agricultor, distinguem a agricultura local e aproximam o município dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. “Esta diretriz pauta nosso plano de governo”, enfatiza Luiz Fernando. “Independentemente do sistema de produção, convencional ou orgânico, o programa certificará a custo zero agricultores para produzir alimentos seguros”, resume Eduardo Alvarez, Gestor de Agronegócio, Abastecimento e Turismo.

“O uso correto da tecnologia no campo transfere benefícios diretos à população jundiaiense. Boas práticas entregam alimentos seguros para consumo, evitam riscos de contaminação ambiental de propriedades e a exposição de agricultores e trabalhadores a agentes químicos, estes necessários à produtividade de cultivos e ao abastecimento”, destaca Hamilton Ramos.

“Ao adequar seu sistema de produção ao modelo tecnológico sustentável, o agricultor da região certamente reduzirá custos, desperdícios e entregará alimentos de qualidade superior. A maior beneficiária desses esforços é a população jundiaiense”, reforça ele. “Trata-se de uma relação ganha-ganha, da lavoura à mesa.”

Ramos explica ainda que os eventos do programa Jundiaí: Lugar de Alimento Seguro contarão com procedimentos de avaliação e reavaliação de pulverizadores, tidos como fundamentais para a proteção dos cultivos e a produção de alimentos.

Ainda de acordo com Ramos, o novo programa teve origem no diálogo entre o CEA-IAC e o Conselho de Desenvolvimento Rural (CMDR) da Prefeitura de Jundiaí. Convidada a aderir, a AAJ – Associação Agrícola de Jundiaí –

tornou-se responsável pela mobilização de agricultores, além de contribuir com recursos financeiros para viabilizar atividades de divulgação e convite a produtores.

“A ideia comum às partes integradas é também estimular produtores para compartilhar conhecimento e atuar, regionalmente, como multiplicadores de boas práticas”, complementa Hamilton Ramos. Conforme ele, os agricultores receberão certificados de conclusão e atestados sobre a conformidade de equipamentos para pulverização empregados nas propriedades. “A expectativa para 2021 é capacitar no mínimo 60 agricultores locais”, finaliza.

Fonte: BIA – Bureau de Ideias Associada

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