Embrapa discute novas parcerias com CPRM
Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente da Embrapa Celso Moretti, juntamente com o diretor-executivo de Pesquisa da Embrapa Guy de Capdeville, participaram de uma reunião com dirigentes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para discutir modelos de cooperação técnico-científica entre as duas instituições. Pela CPRM participaram o diretor-presidente Esteves Colnago; o diretor de Infraestrutura Geocientífica, Paulo Romano; Neovaldo Teixeira, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico, dentre outros pesquisadores.
Paulo Romano abriu a reunião defendendo a importância de futuras parcerias com a Embrapa, mas focou seu principal interesse na elaboração de um balanço social da CPRM, “coisa que a Embrapa faz há mais de duas décadas”. “Nós precisamos que a Embrapa nos transfira essa expertise, essa é uma demanda muito importante para nós”, salientou. Outro ponto levantado pelo Diretor de Infraestrutura Geocientífica da CPRM, que segundo ele ainda precisa ser “desvendado”, é a questão dos remineralizadores de solo, que está como uma prioridade dentro de cadeias emergentes pelo Grupo de Trabalho Interministerial GTI), mas que, na opinião dele, as instituições deveriam ousar um pouco e priorizar esse tema, que ainda gera controvérsias científicas, mas teria amplo potencial de uso futuro no país.
Moretti disse que vê como natural a aproximação das duas instituições, que já possuem dois pontos de contato, que são o programa PronaSolos e a formulação de uma política para ampliar a produção nacional de fertilizantes agrícolas. A respeito das pesquisas com uso de agrominerais silicáticos (remineralizadores) na agricultura, explicou que é uma questão que já está na agenda de prioridades da Embrapa: “Nossa baliza é a ciência, então a Embrapa só se posiciona após ter evidências e resultados robustos de pesquisa e desenvolvimento. É a Ciência apontando os caminhos do nosso trabalho”. Ele esclareceu que ainda existiam lacunas nos resultados dentro dessa linha de pesquisa, o que levou à criação de um grande projeto corporativo para se trabalhar com o tema.
“Mas gostaríamos muito de ter a participação direta do CPRM nesse trabalho”, afirmou o presidente da Embrapa, esclarecendo que a Empresa tem cerca de 600 laboratórios espalhados pelas 43 unidades da Embrapa e que as duas instituições poderiam trabalhar juntas neste desafio científico, economizando recursos e compartilhando infraestruturas. Outro tema discutido durante o encontro foram as tecnologias da informação e comunicação.
Sobre a demanda feita sobre apoio na elaboração do balanço social da CPRM, Moretti comentou que seria um grande prazer contribuir e ajudar com o Serviço Geológico do Brasil. Explicou que o balanço social, que está sendo feito a 24 anos, está na base do planejamento estratégico da Embrapa, revelando que o impacto dessa atividade influencia também a elaboração de metas quantificáveis, dando, como exemplo, a meta de dobrar o número de usuários nas plataformas digitais até 2030.
Guy de Capdeville, ao final do encontro, esclareceu dúvidas sobre possíveis projetos conjuntos a serem desenvolvidos entre as empresas e explicou o modelo de gestão de inovação aberta da Embrapa e o funcionamento do Sistema de Gestão da Programação (SEG).