Ministra destaca importância de o Brasil vender produtos da soja com valor agregado

Publicado em 25/11/2019 14:49
Tereza Cristina participou da inauguração de indústrias, em Dourados (MS), que irão produzir farelo de soja e refino de óleo

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (25) da inauguração de indústrias de óleo e refinaria de óleo de soja em Dourados (MS), desenvolvidas pela Coamo - Agroindustrial Cooperativa.

Na cerimônia, a ministra destacou que este é um dos maiores empreendimentos da América Latina para esmagamento de soja. As indústrias agregarão valor à soja exportada, com a produção de farelo e refino de óleo.

“No momento em que o Brasil exporta, abre mercado, ter mais produtos de valor agregado à nossa soja, em forma de farelo e óleo, é importantíssimo. Vamos ter mais farelo à disposição da suinocultura, avicultura e bovinocultura. São empregos de mais qualidade, só ganhos”, afirmou.

Tereza Cristina ressaltou ainda que está em negociação a abertura do mercado da China para o farelo da soja brasileira.

A planta industrial tem capacidade de processar 3 mil toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja, equivalente a 15 milhões de sacas. Com as indústrias de Dourados, somados a outros dois parques industriais, a Coamo amplia a capacidade de processamento de soja para 8 mil toneladas/dia e a de refino para 1.440 toneladas/dia de óleo de soja refinado.  Os investimentos somam mais de R$ 780 milhões.

Participaram do evento, em Dourados, o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, e representantes das esfera federal, estadual e municipal.

Preço da carne

Sobre o aumento do preço da arroba do boi gordo no país, a ministra explicou que se trata de um momento de equilíbrio da cadeia produtiva, que está exportando mais, e que os preços irão se normalizar em breve.

 “A cadeia vive um momento de euforia, mas já, já esse mercado vai se equilibrar. Os preços não serão os mesmos praticados há dois meses, mas, com certeza, essa euforia não continua. É um momento de ajuste da carne brasileira", disse.

EUA

Tereza Cristina afirmou que agora aguarda uma resposta do governo dos Estados Unidos sobre a suspensão da importação de carne bovina in natura do Brasil. Na semana passada, a ministra esteve em uma missão nos Estados Unidos e reuniu-se com o secretário da Agricultura, Sonny Perdeu.

“É um assunto extremamente técnico. Ele [Perdeu] me disse que nos daria em breve uma notícia”, disse após a inauguração das indústrias, em Dourados (MS).

Em 2017, os Estados Unidos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Em junho deste ano, uma missão veterinária dos Estados Unidos esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos.

Os norte-americanos solicitaram mais informações ao governo brasileiro, que já foram enviadas e estão em fase de análise pelos Estados Unidos.

Durante a viagem, Tereza Cristina reuniu-se com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para debater financiamento de projetos da agropecuária sustentável. Além disso, assinou memorando de entendimento com a organização não governamental Climate Bonds Initiative (CBI) para desenvolvimento do mercado de títulos verdes do setor agropecuário brasileiro.

Fonte: Mapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Agro e Prosa Episódio 898 - Diálogo Sustentável - Abramilho e Aprosoja
CNA na COP 29: as decisões de Baku | Ouça o Agro CNA/Senar #150
Prosa Agro Itaú BBA | Agro Semanal | China abre mercados para produtos agrícolas para o Brasil
Podcast Foco no Agronegócio | Perspectivas 2025 | Macroeconomia
Dificuldades sentidas pelo agro em 2024 exigiram transformação e otimização do marketing focado no setor
Melhores cases do marketing agro em 2024 são celebrados em evento realizado pela agência Macfor
undefined