Filipinas registram primeiro surto de peste suína africana perto de Manila
Porcos mortos encontrados em algumas fazendas domésticas nas Filipinas registraram infecção com peste suína africana, disse o chefe da secretaria agrícola local nesta segunda-feira, no primeiro registro de um surto do vírus no país, o 10° maior consumidor global de carne suína.
O anúncio teve como base os resultados de testes de laboratório requisitados pelo secretário de Agricultura, William Dar, após relatos no mês passado sobre um número não usual de mortes de porcos em fazendas domésticas na província de Rizal, próxima da capital filipina, Manila.
As Filipinas, sétimo maior importador de carne de porco do mundo, são a mais recente nação asiática a ser atingida pela peste suína africana, apesar de esforços para proteger sua indústria suína de 5 bilhões de dólares que incluíram uma proibição à importação de suínos.
"De 20 amostras de sangue (enviadas ao Reino Unido para testes), 14 foram positivas para peste suína africana", disse Dar em uma coletiva de imprensa.
O secretário disse que mais testes são necessários para determinar quão infecciosa era a variedade encontrada nos porcos. Não há cura ou vacina para a peste suína africana, que é altamente contagiosa, mas não afeta seres humanos.
Até julho, o rebanho suíno das Filipinas era estimado em 12,7 milhões de cabeças, incluindo cerca de 8 milhões em fazendas domésticas e 4,7 milhões em fazendas comerciais, segundo dados do governo.
Mais de 7 mil suínos foram sacrificados nas áreas afetadas, alguns deles queimados vivos, segundo Dar.
As Filipinas já proibiram até o momento porcos e produtos relacionados de mais de uma dúzia de países, incluindo Vietnã, Laos e China.
Dentro do país, o Departamento de Agricultura também apertou as regras sobre quarentenas e medidas de segurança alimentar, proibindo o transporte de animais vivos e produtos de carnes sem permissões sanitárias e de embarque.