CNA mostra como alimentos contribuem para a mais baixa inflação de maio em 13 anos
Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis para que a inflação em maio fosse a menor para o mês em 13 anos, segundo a análise feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE foi de 0,13%. Foi uma desaceleração significativa no ritmo de alta dos preços em geral na comparação com abril, quando a inflação subiu 0,57%.
O destaque de maio, segundo a CNA, foi o subgrupo de alimentação e bebidas, que ficou em -0,56%, revertendo uma alta de 0,63% no mês anterior. Levando em conta apenas os alimentos consumidos em domicílio, o resultado foi ainda melhor, com deflação de -0,89%.
Esta queda dos preços dos alimentos consumidos em domicílio trouxe um impacto de 0,14 ponto percentual no resultado geral da inflação no mês passado. “Se não fosse a queda dos preços desses alimentos, o IPCA de maio teria sido o dobro da inflação verificada”, explica a CNA em Comunicado Técnico.
As maiores quedas verificadas nos preços dos alimentos foram no tomate (-15,08%), mamão (-14,75%), maracujá (-14,16%), manga (-13,13%), feijão carioca (-13,04%) e feijão preto (-8,76%).
Segundo a Confederação, depois da forte alta de preços no início do ano, os preços do tomate começaram a ceder em maio com o avanço da safra de inverno. A colheita da 2ª safra de feijão, principalmente no Mato Grosso, também refletiu em queda, a terceira mensal seguida.