Sanidade de animais aquáticos é tema de discussão na OIE
A Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) discutiu na quarta (29) a sanidade dos animais aquáticos e o crescimento do setor aquícola no mundo.
A coordenadora de Sanidade Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, afirmou que o Brasil tem grande potencial aquático e pode ser uma das apostas para suprir o mercado, porque segundo a OIE, o cultivo de pescado é a atividade que irá alimentar o mundo em 2030.
“Para isso é importante investir em sanidade, estudos epidemiológicos, diagnósticos precoces e planos de contingência eficientes. A CNA tem trabalhado para isso na Comissão de Aquicultura, ao desenvolver ações e apoiar iniciativas do governo e do setor privado com intuito de vencer os desafios da atividade como licenciamento ambiental, sanidade e comercialização do pescado.”
Além da Comissão Nacional, a atuação da CNA se estende a fóruns, comissões temáticas, grupos de trabalho e à Câmara Setorial de Produção e Indústria de Pescados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
"Atuamos para manter o Aquacen, maior laboratório de análise de animais aquáticos do País, fizemos duas cartilhas sobre biosseguridade sanitária e doenças aquáticas e patrocinamos um ano de análises laboratoriais do programa de Alevinos Monitorados do Mapa para análise sanitária dos alevinos brasileiros”, ressaltou Lilian.
A coordenadora também participou das discussões sobre alterações no código de animais terrestres. No debate foram apresentadas melhorias para o texto de vigilância adaptando as normas para cada enfermidade. Lilian afirmou que as propostas serão votadas amanhã (30) e apresentadas na reunião anual da Comissão Técnica do Código Sanitário Terrestre em setembro.
Os debates na 87ª edição da Assembleia Geral da OIE seguem até sexta-feira (31) com a participação de delegados de 182 países membros. O Brasil é representado pelo Ministério da Agricultura.