Comitiva da CNA visita pavilhão brasileiro na Sial
No segundo dia da missão empresarial à China, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) visitou o pavilhão brasileiro na Sial, maior feira de produtos agroalimentares do país, e se reuniu com empresários que participam do evento.
A Sial este ano tem 26 empresas brasileiras de diversos setores expondo produtos como mel, açaí, biscoitos, massas e erva-mate.
“As empresas foram selecionadas de forma a potencializar os negócios das empresas brasileiras de acordo com os hábitos de consumo e do que está sendo mais demandado na China”, afirmou Gustavo Sperandio, da Apex-Brasil, responsável pelo pavilhão brasileiro na feira.
Na avaliação dos empresários que participam da Sial, os negócios são promissores. “O açaí ainda não é tão conhecido na China, mas na Ásia em geral já temos exportações expressivas para o Japão, Cingapura e Coreia. Esperamos que depois da participação na feira possamos ampliar ainda mais as nossas exportações para China”, disse Rafael Ferreira, da Petruz Açaí, empresa de Belém, no Pará.
“É muito importante que as empresas de açaí venham para a China. A China possui um mercado enorme e os consumidores chineses ainda não sabem muito sobre o produto”, destacou Angel Zhu Melfi, parceira chinesa da empresa Goola Açaí, do Amazonas.
No caso do suco de laranja, o diretor-executivo da Citrus BR, Ibiapaba Netto, acredita que as negociações entre governo brasileiro e chinês para redução das tarifas de exportação serão positivas para o produto brasileiro.
“As expectativas são grandes, a China é um parceiro importante do suco de laranja brasileiro. Já temos um comércio em torno de 100 milhões de dólares/ano e é possível ampliar essas exportações. O governo brasileiro está fazendo sua parte e esperamos que os chineses se sensibilizem para que a gente consiga abrir esse mercado.”
A comitiva também acompanhou a reunião da delegação brasileira ao Rabobank, onde a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fez uma apresentação sobre as oportunidades e desafios para a proteína animal e as oleaginosas brasileiras na China.
Para o diretor de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, a reunião foi instrutiva e mostra um cenário positivo para o Brasil nos mercados de grãos e carnes de frango e bovina.
“Ficou claro que a China poderá levar até cinco anos para recuperar o que está perdendo com a peste suína africana e a grande beneficiada nesse curto espaço de tempo será a produção de frango e carne bovina. Em relação ao consumo de grãos, os chineses pretendem importar 11 milhões de toneladas em 2019. Esse panorama é muito importante para nós como Brasil produtor de soja e de carnes.”