Gestão eficiente dos custos define renda do fruticultor do Vale do São Francisco
Os produtores de uva e manga do Vale do São Francisco têm rentabilidade positiva. Mas a oscilação do preço dos produtos no mercado interno e externo e dos insumos utilizados, que em grande parte são atrelados ao dólar, obriga os fruticultores a ter maior controle sobre os custos e a gestão eficiente da propriedade é que vai determinar o lucro ou o prejuízo na atividade.
Foi o que mostrou o levantamento do Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), universidades e centros de pesquisa. Os painéis foram realizados na quinta (25) e na sexta (26), em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), respectivamente.
Os encontros tiveram a presença de produtores e técnicos envolvidos com a produção de uva e manga no Vale do São Francisco além de representantes do Sebrae, Embrapa e do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), um dos parceiros do projeto. O assessor técnico da CNA, Eduardo Brandão, participou das reuniões.
A apuração dos custos tem como base as características de produção típica da região. Em Petrolina, a propriedade modal de uva na região de Petrolina é de 18 hectares e a de manga é de 40 hectares. Na região de Juazeiro, as propriedades modais são de 20 ha para uva e 06 ha para manga.
O Projeto Campo Futuro busca aliar a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de custos, gerenciamento de riscos de preços e da produção, para auxiliar os produtores rurais nas tomadas de decisões no dia a dia da sua atividade.
Além dos levantamentos em cada município, o projeto analisa a evolução mensal dos custos de produção regionais, e periodicamente gera análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias.