China concede esperadas aprovações a transgênicos em meio a conversas com EUA

Publicado em 08/01/2019 09:25

Por Dominique Patton

PEQUIM (Reuters) - A China aprovou nesta terça-feira cinco culturas geneticamente modificadas para importação, o primeiro movimento do tipo em cerca de 18 meses, em um movimento que pode impulsionar compras de grãos no exterior e aliviar a pressão dos Estados Unidos para que o país abra seus mercados para mais bens agrícolas.

Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de cultivos transgênicos, enquanto a China é o maior importador de soja e canola geneticamente modificadas.

Produtores dos EUA e empresas globais de sementes reclamam há tempos do processo lento e imprevisível de Pequim na aprovação dos transgênicos para importação, alimentando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

As aprovações, anunciadas no site do Ministério da Agricultura, foram concedidas enquanto uma delegação comercial dos EUA se reúne com seus colegas chineses nesta semana.

"É um gesto de boa vontade para a resolução da questão comercial", disse um representante na China de uma associação da indústria agrícola dos EUA.

"Isso está no sistema há muito tempo, mas escolheram divulgar essa boa notícia hoje", acrescentou ele, recusando-se a ser identificado devido à sensibilidade do assunto.

Dois dos produtos recém-aprovados --canola RF3, da Basf, e canola resistente a glifosato MON 88302, da Monsanto, controlada pela Bayer-- aguardaram seis anos para terem aprovação.

Os outros produtos aprovados foram o milho DP4114 e a soja DAS-44406-6, da DowDuPont, bem como a soja SYHT0H2, desenvolvida pela Bayer CropScience e pela Syngenta, mas agora detida pela Basf.

A China não aprovava novas culturas geneticamente modificadas para importações desde julho de 2017, quando foram liberados dois protudos após conversas de alto nível com Washington. Também foram aprovados dois produtos em junho de 2017.

(Por Dominique Patton; reportagem adicional de Hallie Gu)

Fonte: Reuters

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