Guerra comercial entre EUA e China abre oportunidades para SC

Publicado em 24/09/2018 11:09

De um lado estão os Estados Unidos, que importam nada menos do que aproximadamente US$ 500 bilhões da China. Do outro lado está o gigante asiático que importa do seu principal parceiro comercial, os EUA, US$ 150 bilhões. O presidente americano, Donald Trump, de olho nesse desequilíbrio comercial e nos riscos de hegemonia futura, argumenta que os chineses não estão respeitando propriedade intelectual e lança barreiras. Na semana passada, anunciou sobretaxa para US$ 200 bilhões importados do mercado chinês e avisou que, se os asiáticos seguirem retaliando, ampliará as restrições. O governo chinês, por sua vez, anunciou taxação de US$ 60 bilhões de importações dos EUA.
 
Analistas internacionais e empresas admitem que a guerra comercial reduz o crescimento global. Mas qual é o impacto dessa guerra para a economia catarinense? A princípio, são mais oportunidades de negócios, tanto com a China quanto com os Estados Unidos, mas é preciso que as empresas adotem a estratégia de internacionalizar os negócios de forma consistente, avalia a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Maria Teresa Bustamante. Há setores que já atuam com a China e podem ampliar negócios, como é o caso de proteína animal e madeiras. Para Bustamante, o momento demanda prospecção comercial.

– São mercados que exigem conhecimento, dedicação. Não basta simplesmente ter um bom produto final. Vamos olhar para a indústria de Santa Catarina. Temos fabricantes de matérias-primas, produtos acabados e temos também inteligência em função do desenvolvimento das startups, que mostram claramente a capacidade intelectual das nossas empresas. A provocação que faço é sair dessa retórica do mais do mesmo, pensar só no produto acabado. Se há barreiras, é possível fazer uma aliança estratégica e fornecer para um outro país – aconselha a executiva.
 
Na avaliação do consultor empresarial Henry Uliano Quaresma, CEO da Brasil Business Partners e ex-diretor da Fiesc, que se dedica a negócios com o mercado chinês, o comércio internacional não é binário. É como o fluxo de um rio. Se tiver barreira, vai transbordar.
 
Os produtos chineses e investimentos serão redirecionados para países parceiros mais próximos, para a Europa e América Latina, enquanto os americanos pagarão mais caro por produtos da China e receberão menos investimentos do país asiático. 

Leia a notícia na íntegra no site NSC Total

Fonte: NSC Total

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Bom dia Agro 28/11/24 - Mercado da soja
CNA diz que projeto de lei de bioinsumos dá segurança jurídica aos produtores
Brasil vai ao Egito buscar espaço no mercado halal local
Com feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, bolsas não operam nesta 5ª
Lei de Bioinsumos é aprovada na Câmara dos Deputados
CNA destaca papel do produtor rural no futuro da agricultura durante o ConBAP 2024
undefined