CNA debate política monetária brasileira e os impactos para o setor agropecuário
O Grupo de Trabalho Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu a política monetária brasileira e os impactos para o agronegócio nesta terça-feira (04), em Brasília.
O encontro contou com a presença de integrantes do GT e representantes do Banco Central, que fizeram uma palestra sobre crédito direcionado e subsídio cruzado. Segundo o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, o objetivo foi debater propostas que possam subsidiar a construção de uma política monetária condizente com as necessidades do setor agropecuário.
“Debatemos quais são os focos e os gargalos prioritários que precisamos trabalhar, especialmente novas fontes de financiamento. Queremos saber como o produtor pode fazer um rearranjo para buscar financiamentos alternativos que não sejam apenas de um determinado banco”, disse Conchon.
Outro convidado foi o sócio-diretor da LCA Consultores, Fernando Sampaio, que falou sobre o ambiente econômico, perspectivas eleitorais e impactos no setor agropecuário. Na opinião dele, o governo atual está enfraquecido e o próximo presidente terá mais capacidade de iniciativa. No entanto, será preciso contar com o apoio de políticos ligados ao Agro dentro do Congresso, o que indica uma maior sensibilidade para as demandas do setor no próximo mandato.
“A perspectiva para o agronegócio é boa porque o agronegócio é forte. Ele tem uma força que não é circunstancial. É uma força construída, tem tecnologia. É evidente que dá para melhorar questões de crédito e de infraestrutura, principalmente se houver um suporte melhor do setor público ao setor produtivo”, afirmou Sampaio.
A pauta da reunião também abordou temas como iniciativas para elaboração de políticas tributárias estaduais e mão de obra do agronegócio.