Países precisam definir controle do javali
Em reunião no Ministério da Agricultura, representantes do Serviço Veterinário Oficial e do setor produtivo incluindo criadores de ovinos, bovinos, Federação da Agricultura do RS, debateram os problemas que vem sendo provocados pela super população de javali no estado. O coordenador geral de Inteligência e Estratégia do Ministério da Agricultura, Jorge Caetano Jr. veio conhecer o trabalho realizado pelo programa de Sanidade Suídea local. A médica veterinária Fernanda Amaral, da Secretaria da Agricultura, falou sobre o trabalho realizado para a formação de agentes de controle populacional. Só em 2017 foram capacitados mais de 380 agentes. Conforme Fernanda, a contrapartida para a autorização da caça é a coleta de amostras dos animais abatidos. “Isso permitiu um aumento do número de amostras que pode dar um novo panorama sobre as condições destes animais no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Jorge Caetano informou que os prejuízos econômicos são graves, mas a justificativa mais importante para o controle do javali é sanitário. O animal pode transmitir uma série de doenças e muitas delas são zoonoses. Segundo ele, o é preciso estabelecer uma estratégia regional, envolvendo os países vizinhos. “não tem javali brasileiro, argentino ou uruguaio. Ele tende a padronizar o padrão sanitário dentro da sua subpopulação. E aí os países têm que trabalhar em conjunto”, pontuou. Caetano disse ainda que o setor produtivo deve pautar o tema como prioridade junto ao Ministério da Agricultura. “Teremos reunião do Grupo Farm (Federação das Associações Rurais do Mercosul) na Expointer e esse tema deve ser levado em conjunto para seus respectivos ministérios da agricultura”, sugeriu.
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirmou que o setor produtivo vinha há mais de dez anos alertando as autoridades ambientais sobre os riscos da superpopulação do javali. “Agora a situação saiu de controle. É preciso agir com precisão para solucionar o problema”, alertou.