Derrubada liminar que proibia uso do glifosato no Brasil, diz Blairo Maggi

Publicado em 23/08/2018 16:58

O ministro Blairo Maggi confirmou na tarde desta quinta-feira (23) que foi cassada a liminar que proibia o uso do glifosato no Brasil por meio de sua conta no Twitter. 

"Notícia boa! Acaba de ser cassada a liminar que proibia o uso do glifosato no Brasil, disse o ministro. 

 

No recurso ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), a AGU defendeu a revogação imediata da proibição, destacando que o impedimento, se mantido, geraria "grave risco de lesão à ordem econômica" e impacto de bilhões de reais para a balança comercial.

O glifosato é um herbicida utilizado em importantes lavouras brasileiras, especialmente na soja, o principal produto de exportação do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

A liminar foi cassada em momento em que produtores se preparam para o plantio da nova safra nas próximas semanas.

Justiça cassa liminar que proibia uso de glifosato no Brasil, diz ministro

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - A Justiça cassou uma decisão judicial do início do mês que havia determinado a suspensão de registros de produtos que contenham glifosato, ingrediente de herbicidas usados em larga escala no Brasil, disse nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

"Notícia boa!!! Acaba de ser cassada a liminar que proibia o uso do glifosato no Brasil", escreveu o ministro em sua conta oficial no Twitter.

A decisão foi cassada após recurso movido na quarta-feira pela Advocacia-Geral da União (AGU).

No recurso ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), a AGU defendeu a revogação imediata da proibição, destacando que o impedimento, se mantido, geraria "grave risco de lesão à ordem econômica" e impacto de bilhões de reais para a balança comercial.

O glifosato é um herbicida utilizado em importantes lavouras brasileiras, especialmente na soja, o principal produto de exportação do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

A liminar foi cassada em momento em que produtores se preparam para o plantio da nova safra nas próximas semanas, o que deve trazer mais tranquilidade para um setor que planeja semear uma área recorde de mais de 36 milhões de hectares de soja na temporada 2018/19.

A AGU destacou que, se a decisão não fosse cassada, o Brasil seria o primeiro país a restringir totalmente o uso de glifosato, o que levaria muito provavelmente a maior parte dos produtores a deixar de utilizar a modalidade de plantio direto e voltar a preparar, em alguma medida, o solo, com evidentes perdas para o meio ambiente (erosão, diminuição do teor de matéria orgânica do solo, aumento do consumo de combustível etc.).

No começo do mês, a juíza federal substituta da 7ª Vara do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura, havia determinado a não concessão de novos registros de produtos que contenham como ingredientes ativos glifosato, abamectina e tiram, presentes em agroquímicos, em processo movido pelo Ministério Público.

O caso envolve companhias como a Monsanto, comprada pela Bayer, que comercializa, por exemplo, a soja transgênica resistente ao herbicida glifosato, plantada em larga escala no

Brasil.

Em nota técnica recente, o Ministério da Agricultura lembrou que o glifosato é um herbicida de uso disseminado na agricultura mundial, representando mais de 50 por cento de todas as aplicações de agrotóxicos e afins no Brasil e no mundo.

Sem glifosato, sistema de plantio direto estaria comprometido e ganhos ambientais dos últimos 40 anos seriam perdidos

"Para plantar a próxima safra sem o glifosato, produtores teriam que optar por produtos mais caros com risco de não ter oferta para atender o aumento de demanda, ampliar o número de pulverizações ou elevar os custos com gradagem" -- Jonadan Ma - Presidente da FEBRAPDP (Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha)

 

 

 

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Entrevista com Jonadan Ma - Presidente da FEBRAPDP sobre a Proibição do Glifosato

 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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